Tomou posse na tarde desta quinta-feira (9), a suplente da vereadora Rosa Ivania Euzébio dos Santos (PSDC), mais conhecida como Rosinha Guerreira, que foi novamente afastada do cargo após decisão da Justiça. Pâmela Gonçalves Maia (PSDC) assumiu o cargo às 16h30 na Câmara de Vereadores de Linhares, no Norte do Estado.
O vice-presidente da Casa, vereador Fabrício Lopes (PMDB), foi quem deu posse à suplente. O ato contou com a presença dos procuradores da Câmara do município.
"Por mais que eu seja suplente e assuma agora, eu concordo com a decisão devido ao crime que ela cometeu. A gente espera que a Justiça continue acompanhando o caso e tome as decisões necessárias", disse Pâmela Maia.
A vereadora, que já esteve na cadeira durante o primeiro afastamento de Rosinha Guerreira, contou que está confiante em assumir novamente o cargo. "A expectativa é muito grande já que estive no cargo por dez meses. Quanto à posse, foi tudo muito rápido, mas estou confiante", acrescentou.
SALÁRIO DE MAIS DE R$ 6,1 MIL POR MÊS
De volta ao cargo, Pâmela vai receber o salário de R$ 6.192 por mês. Ela já deve participar da sessão ordinária da próxima segunda-feira (13), no plenário Joaquim Calmon.
A vereadora afastada Rosinha Guerreira (PSDC) também vai continuar recebendo o salário de mais de R$ 6 mil por mês, mesmo ausente no cargo. Entretanto, conforme decisão da justiça, 30% do valor deve ser descontado e depositado em conta judicial, a título de garantia de ressarcimento aos cofres públicos.
SEGUNDA VEZ NO CARGO
Pâmela Maia assume pela segunda vez o cargo de vereadora de Linhares. Como primeira suplente, ela já havia assumido a vaga deixada por Rosinha Guerreira durante a primeira decisão judicial que determinou o afastamento da parlamentar. Pâmela assumiu o cargo pela primeira vez no dia 12 de março de 2018 e permaneceu até o dia 18 de janeiro de 2019, quando uma nova decisão da Justiça determinou o retorno de Rosinha ao cargo.
ENTENDA O CASO
Rosinha Guerreira foi presa preventivamente no dia 26 de fevereiro de 2018, acusada de prática de "rachid", que é quando um político com mandato exige para si parte do pagamento de servidores como condição para a obtenção ou manutenção do trabalho. O mandado de prisão da parlamentar foi cumprido durante a operação "Salário Amigo", deflagrada pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES). Rosinha ficou presa por 5 dias e foi solta após decisão da Justiça.
Em um vídeo, a vereadora Rosinha Guerreira admitiu que praticava rachid e contou aos promotores do Ministério Público que ficava com parte dos salários dos próprios servidores e que o objetivo era ajudar pessoas pobres.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta