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Temer já tem votos suficientes de ministros para ser solto pelo STJ

Temer já tem votos suficientes de ministros para ser solto pelo STJ

Os primeiros dois votos, do relator Antonio Saldanha e da ministra Laurita Vaz, são a favor de Temer; com o voto da ministra, o ex-presidente tem votos suficientes para ser colocado em liberdade

Publicado em 14 de maio de 2019 às 18:41

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Michel Temer, ex-presidente da República. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) iniciou nesta tarde o julgamento de um pedido de liberdade do ex-presidente Michel Temer (MDB), preso no âmbito da Operação Descontaminação, desdobramento da Lava Jato que atribui ao emedebista o papel de líder de organização criminosa que teria desviado, em 30 anos de atuação, pelo menos R$ 1,8 bilhão.

Primeiros dois votos, do relator Antonio Saldanha e da ministra Laurita Vaz, são a favor de Temer. Com o voto da ministra, o emedebista tem votos suficientes para ser colocado em liberdade. Ao todo, votam quatro ministros. Agora, está votando o ministro Rogério Schietti.

VEJA O JULGAMENTO

Na última segunda-feira (13), o emedebista foi transferido da superintendência regional da Polícia Federal em São Paulo, na Lapa, para uma sala do Estado-Maior Comando de Policiamento de Choque da PM de São Paulo, no bairro da Luz.

O colegiado que julgará Temer é composto pelos ministros Nefi Cordeiro (presidente da Sexta Turma), Antonio Saldanha (relator do caso), Rogério Schietti, Laurita Vaz e Sebastião Reis Júnior – este se declarou impedido de julgar o pedido de liberdade do emedebista. Como só votarão quatro ministros, se houver empate, prevalece o resultado a favor do réu, ou seja, Temer deverá sair da prisão.

A Sexta Turma é considerada mais “garantista” e menos “linha dura” que a Quinta Turma do STJ, que manteve a condenação de Lula no caso do “tríplex do Guarujá”, mas reduziu sua pena de 12 anos e um mês de prisão para 8 anos, 10 meses e 20 dias de reclusão.

Para a cobertura do julgamento de Temer, o STJ montou uma estrutura especial similar à conferida na análise de um recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso e condenado no âmbito da Operação Lava Jato, que conseguiu no mês passado reduzir o tamanho da pena no caso do “tríplex do Guarujá”. A sessão será transmitida ao vivo – um procedimento incomum na Corte – no canal do STJ no YouTube e serão distribuídas até 40 senhas para jornalistas acompanharem a sessão.

PROPINAS

A investigação que levou à prisão de Temer e Coronel Lima, o amigo, apura propinas em obras na usina nuclear de Angra 3, operada pela Eletronuclear.

A acusação formal teve como base depoimento do engenheiro José Antunes Sobrinho, dono da Engevix, que fez delação, e investigações sobre as obras de Angra 3. Temer é acusado de chefiar uma organização criminosa que teria negociado o R$ 1,8 bilhão em propinas relacionadas à usina. A denúncia cita os crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato.

A expectativa dentro do STJ é a de que Temer consiga aval do STJ para sair da prisão.

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