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Bolsonaro pede pressão sobre Congresso por decreto de armas

Bolsonaro pede pressão sobre Congresso por decreto de armas

Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (13) que os políticos devem trabalhar pela população

Publicado em 13 de junho de 2019 às 23:45

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Jair Bolsonaro, presidente da República. (Marcos Corrêa/PR)

O presidente Jair Bolsonaro usou cerimônia de entrega de chaves de empreendimento do programa Minha Casa Minha Vida em Belém para pedir ao público e autoridades presentes pressão sobre o Congresso pela aprovação do decreto que flexibiliza o porte de armas no país.

Em discurso de seis minutos, Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (13) que os políticos devem trabalhar pela população. Ele lembrou do episódio da facada da qual foi vítima em Juiz de Fora (MG). "Fui candidato e me elegi quase que por um milagre, quando, por milagre, Deus salvou a minha vida. E pelas mãos de vocês, eu cheguei a essa Presidência da República", disse.

Ao dizer que está fazendo de tudo para cumprir suas promessas de campanha, Bolsonaro dirigiu-se aos presentes: "Eu apelo aos parlamentares aqui agora, não deixem o Senado e a Câmara revogar, derrubar o nosso de decreto das armas".

O presidente reiterou que o objetivo da lei é permitir ao "cidadão de bem, se assim desejar, ter uma arma dentro de casa" e afirmou que sua intenção era fazer cumprir o referendo de 2005, "quando o povo decidiu pelas armas." Na consulta, 63% dos participantes votaram a favor do comércio de armas.

O decreto assinado por Bolsonaro flexibiliza as regras sobre o porte (autorização para transportar e carregar a arma consigo, fora de casa ou do local de trabalho) de armas e munições no país.

As regras se somam àquelas sobre posse de armas --ou seja, o direito de ter o armamento em casa ou no trabalho (caso seja responsável legal pelo estabelecimento)-- que foram flexibilizadas também em decreto, numa das primeiras medidas de Bolsonaro após tomar posse, em janeiro.

Nesta quinta, Bolsonaro defendeu ainda a exploração de reservas naturais no país e disse que buscaria regularizar o garimpo no país.

Bolsonaro esteve na capital paraense para a entrega de 1.296 unidades de um residencial do programa Minha Casa Minha Vida voltado a famílias com renda até R$ 1.800 -a atual faixa 1.

Se as novas regras propostas pelo governo entrarem em vigor, a faixa 1 sofrerá uma significativa mudança de perfil de beneficiários --somente poderão se inscrever aqueles que ganharem até um salário mínimo (mais um fator de localização não detalhado ainda). A proposta ainda será submetida ao Congresso.

O evento foi montado como um show. No palco, autoridades como o ministro Gustavo Canuto (Desenvolvimento Regional), o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB) --sentado ao lado de Bolsonaro--, e o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho (PSDB).

Na área VIP, mais próxima ao palco, convidados da Prefeitura --vários usavam camiseta do Funpapa, de assistência social, e coletes da Defesa Civil. Zenaldo, reeleito prefeito em 2016, foi ovacionado e teve o nome gritado por mais tempo e com mais intensidade do que o do próprio presidente.

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E no fundão, os populares --alguns moradores das unidades já entregues e outros que estão na fila para obter uma casa no empreendimento.

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