A divulgação de mensagens atribuídas ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e membros da força-tarefa da Operação Lava Jato representam uma tentativa de prejudicar a tramitação da reforma da Previdência, disse nesta segunda-feira(10) o ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele participou da sessão plenária do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e disse duvidar de que a divulgação das mensagens seja mera coincidência.
Na avaliação do ministro, várias vezes em que uma decisão importante para o país está prestes a ser tomada, o governo é surpreendido por uma avalanche de eventos que pretendem paralisar as reformas estruturais. Aparece um buraco negro que ameaça nos engolir antes de terminar a palestra, disse.
Gravaram o ex-presidente Michel Temer. Não vai ter reforma da Previdência. Pronto, acabou. Toda hora tem uma divulgação. Uma é o Michel Temer, outra é o filho do Bolsonaro, outra é não sei o que lá, hoje é o do Moro, disse o ministro. Não foi por falta de tentativa, toda hora tem uma bomba. Hoje é a do Moro, só os senhores podem examinar o mérito, mas não é coincidência que estoura esta bombinha toda hora, vendo se paralisa a marcha dos eventos.
Não informada na agenda oficial do ministro, a reunião teve como objetivo afirmar o apoio da OAB à agenda econômica do governo, segundo a assessoria da pasta. O ministro destacou a importância dos juristas e dos advogados para trazer segurança jurídica e deslanchar a economia.
Na palestra, Guedes repetiu a metáfora de que o Brasil é uma baleia ferida que está prestes a parar de mover-se , dita na semana passada em audiência na Câmara dos Deputados. Ele reiterou que reformar a Previdência equivale a tirar os arpões da baleia porque permitirá ao país reequilibrar as contas públicas e voltar a crescer de forma sustentável.
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