O Gazeta Online procurou a Associação dos Magistrados do Espírito Santo (Amages) e a Associação Espírito-Santense do Ministério Público (AESMP) para saber como os representantes dessas entidades avaliam o teor e o vazamento das conversas entre o então juiz Sergio Moro e o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato. As associações preferiram não se manifestar nesta segunda-feira (10).
A Ordem dos Advogados do Brasil - seccional Espírito Santo (OAB-ES) endossou a nota do Conselho Federal e do Colégio de Presidentes de Seccionais da Ordem, que cobrou até o afastamento dos envolvidos das funções públicas.
Daniel Peçanha, presidente da Amages, afirmou que ainda é cedo para qualquer avaliação. "Ainda é cedo para avaliar a repercussão jurídica. Tem que ver a veracidade e a licitude das provas para só depois falar sobre desdobramentos. Eu, como magistrado, não faria isso, logo no começo de uma apuração", afirmou Daniel Peçanha Moreira, presidente da Amages.
"Preferimos, neste primeiro momento, aguardar outras informações", ponderou, também, o promotor Pedro Ivo de Souza, da AESMP.
FEDERAL
Moro era juiz federal. A entidade que o representava é a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe). Nesta segunda, por meio de nota, a Ajufe cobrou a apuração do vazamento das conversas e comentou o fato de ter sido mencionada nos diálogos relatados pelo Intercept.
"O que acha dessas notas malucas do diretorio nacional do PT? Deveriamos rebater oficialmente? Ou pela ajufe?" (sic), escreveu Moro a Dallagnol, em uma ocasião, de acordo com o site.
"As informações divulgadas pelo site precisam ser esclarecidas com maior profundidade, razão pela qual a Ajufe aguarda serenamente que o conteúdo do que foi noticiado e os vazamentos que lhe deram origem sejam devida e rigorosamente apurados", diz nota da Ajufe.
Também por meio de nota, a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) registra que "reitera a confiança no trabalho desenvolvido pelos membros do Ministério Público Federal que atuam na Operação Lava Jato, defende a importância da liberdade de imprensa e condena a obtenção ilícita de dados, bem como a sua transmissão a terceiros".
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta