> >
Juiz absolve Adélio, mas o mantém na prisão

Juiz absolve Adélio, mas o mantém na prisão

O magistrado já havia decidido que ele é inimputável (ou seja, não pode responder por seus atos)

Publicado em 15 de junho de 2019 às 15:55

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Adélio Bispo, autor da facada no presidente Jair Bolsonaro. (Reprodução de TV)

O juiz Bruno Savino, da 3ª Vara Federal de Juiz Fora (MG), decidiu manter Adélio Bispo, autor da facada no presidente Jair Bolsonaro, em presídio para cumprir medida de segurança pelo ataque. O magistrado já havia decidido que ele é inimputável (ou seja, não pode responder por seus atos).

Na decisão, proferida na sexta (14), o juiz diz que, com a investigação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, não há dúvidas sobre a autoria do crime. Mas, como o réu tem transtorno mental e é considerado inimputável, o magistrado decidiu por absolvição imprópria e internação por medida de segurança.

A Justiça determinou que Adélio, considerado um réu de alta periculosidade, seja mantido em um presídio federal. Ele já está em uma unidade do tipo em Campo Grande (MS). A medida de segurança tem prazo indeterminado.

A chamada absolvição imprópria é aplicada em casos como esse, em que uma pessoa é declarada culpada pelo delito, mas não tinha capacidade para entender o que fez.

"O sistema prisional federal, além de possuir condições para prestar o necessário tratamento psiquiátrico, também minimiza o risco de fuga de Adélio Bispo de Oliveira, que declarou, durante o exame pericial, sua intenção de novamente atentar contra o atual presidente da República e também contra o ex-presidente Michel Temer", afirmou o magistrado.

No fim da tarde, Bolsonaro afirmou que irá recorrer. "Este é um crime contra um candidato a presidente da República, que atualmente tem mandato. Devemos ir às últimas consequências nesta situação aí", afirmou ao descer do carro para cumprimentar turistas que o aguardavam na entrada do Palácio da Alvorada.

"Se for transitado em julgado, caso Adélio queira falar quem pagou ele para tentar me assassinar não tem mais valor jurídico, ele é maluco. Agora, se fosse o contrário, o que estariam pensando ao meu respeito? A gente sabe que o circo é armado, tentaram me assassinar, sim", disse.

O presidente afirmou também que tem "convicção" de quem mandou matá-lo, mas que não poderia falar.

Este vídeo pode te interessar

A reportagem não conseguiu contato com o advogado de Adélio até a conclusão desta reportagem.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais