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MDB vai decidir se chapas de Marcelino e Lelo seguem na disputa

MDB vai decidir se chapas de Marcelino e Lelo seguem na disputa

Em meio a polêmica envolvendo a criação de uma cláusula anticorrupção, Executiva analisará nesta segunda-feira os registros das candidaturas. Eleição será no domingo, dia 30

Publicado em 23 de junho de 2019 às 23:39

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José Esmeraldo, Marcelino Fraga e Luiz Carlos Moreira registraram chapa de oposição. (Chapa Muda MDB/Divulgação)

Em meio a uma guerra política intensa, a Comissão Executiva do MDB capixaba se reúne nesta segunda-feira (24), às 7h, para analisar o deferimento das chapas que concorrem ao diretório estadual do partido. O prazo para inscrição das candidaturas terminou no sábado (22).

Foram registradas duas candidaturas: a chapa "MDB 2020", de situação, encabeçada pelo atual secretário de Desenvolvimento Social do Ministério da Cidadania, Lelo Coimbra; e a "Muda MDB", de oposição, liderada pelo ex-deputado Marcelino Fraga.

Marcada para domingo (30), a convenção que elegerá o diretório – que posteriormente formará a Executiva –, deve ser agitada por causa de uma "cláusula anticorrupção" que impede que membros que possuírem condenação em processo criminal ou cível por crimes especificados na Lei da Ficha Limpa ou condenação em 1º grau na Justiça ou Tribunal de Contas por crimes contra a administração pública ocupem cargos.

A chapa de Marcelino, que possui condenação em 1º grau e recorre no 2º e que tem visto a inclusão da cláusula como uma tentativa de tirá-lo do páreo, protocolou neste domingo (23) um ofício no partido solicitando que seja feita investigação "acerca de existência de condenações de 1º grau em face de todos os membros" da chapa rival, citando inclusive alguns membros do grupo de Lelo que teriam condenações.

Aliado de Marcelino e integrante da chapa "Muda MDB", o deputado estadual José Esmeraldo explicou que o grupo só quer "disputar a eleição democraticamente e dentro da lei". "A cláusula eu acho boa, ela não tira o Marcelino da disputa porque agora estamos falando da eleição para o diretório", disse.

Um membro da chapa de situação, sem se identificar, reagiu dizendo que os rivais precisam apresentar provas. "Quem acusa tem que provar. [A cláusula anticorrupção] vale para todas as chapas inscritas, para todos de modo geral e abstrato, sem distinção."

Advogado do partido, Sirlei Almeida explicou que a cláusula anticorrupção será aplicada na análise de todos os membros das chapas, mas na hora certa. 

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"Ela não vale só para os membros natos, mas para todos os membros em ambas as chapas. Vamos fazer a investigação em ambas. Mas como a eleição agora é para o diretório, não há a necessidade que se faça essa averiguação de imediato. Mas todos os relacionados serão consultados e os que não atenderem à regra não poderão gerir recursos públicos, como o fundo partidário e o de financiamento de campanhas", disse o advogado.

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