Inspirado no projeto do pacote anticrime apresentado pelo ministro Sergio Moro à Câmara Federal, o projeto que tramita no Senado sob relatoria do senador Marcos do Val (PPS) poderá ser levado para votação em plenário ainda antes do recesso parlamentar, que tem início no dia 18 de julho.
A aceleração dos trâmites do projeto foi o principal assunto discutido durante um jantar que aconteceu nesta quarta-feira (26) na casa de Do Val, em Brasília, que reuniu senadores do PPS e do PSL incluindo Flávio Bolsonaro além do próprio ministro da Justiça e do deputado federal e líder da bancada capixaba no Congresso, Josias da Vitória (PPS).
Muitos dos convidados seguiram direto do Senado, onde participaram da votação do projeto contra abuso de autoridade, para a casa de Do Val. Segundo o senador, o objetivo, agora, é apresentar o projeto anticrime aos líderes dos partidos logo na próxima semana e, em seguida, discuti-lo na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) do Senado. Enquanto isso, o pacote de Moro tramita a passos lentos na Câmara, sem previsão de votação.
Durante o jantar, cujo menu contou com filé poivre, filé no mascavo e canela e peixe ao molho de camarão, o ministro da Justiça mostrou-se animado com as perspectivas de que a pauta seja engatilhada no Senado.
"Por conta da manifestação que acontecerá no próximo domingo (30), é importante finalizar o projeto logo. O Moro está na expectativa de que seja aprovado logo. Eliziane (Gama, senadora pelo PSL do Maranhão) acha que grande parte da oposição vai apoiar o projeto pela importância dele", disse o relator.
Moro esteve acompanhado de sua esposa, Rosângela Wolff, assim como Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que levou Fernanda Antunes. A namorada de Marcos do Val, Brunella Poltronieri Miguez, também participou do encontro.
A reunião informal se estendeu ao longo da madrugada, até 2h, conforme lembra Do Val. Durante esse tempo, os parlamentares também conversaram sobre a proposta de Moro de criar uma unidade de integração de polícias (como Polícia Militar, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal) na fronteira do Paraguai para combater o tráfico de armas e de drogas.
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