Quatro senadores, entre eles o capixaba Fabiano Contarato (Rede), passaram a sofrer ameaças pelo fato de serem contrários ao decreto sobre armas e munições do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
O principal alvo tem sido o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição no Senado. Ele afirma estar recebendo "centenas de ameaças" nas redes sociais e nos telefones dos gabinetes em Brasília e em Macapá. Ele disse também que tem recebido ataques pelo celular.
Em uma das ligações, uma pessoa que se identificava como militar disse, segundo a equipe de Randolfe, que "é fácil ser contra o decreto de armas sendo que ele anda com segurança armada".
Por conta disso, ele registrou um boletim de ocorrência na Polícia Legislativa da Casa na última sexta-feira.
Já Contarato afirmou sofrer "muita pressão" e estar sendo ofendido moralmente. "São mensagens que visam que eu vote contra os projetos de decretos legislativos que suspendem as novas regras para porte e posse de armas, editadas pelo governo federal. Não vou recuar. Não me intimidam", declarou.
Os senadores Eduardo Girão (Podemos-CE) e Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) também teriam sofrido ameaças. Todos eles votaram contra o decreto de armas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), divulgou nota na qual diz ter recebido com "indignação" notícias de que senadores estão sendo ameaçados "por defenderem a derrubada do decreto de armas", e afirmou ainda que vai tomar "providências necessárias" para "garantir a proteção e a liberdade de expressão" de cada parlamentar.
Na próxima terça-feira, dia 18, o plenário do Senado vai analisar um parecer da CCJ que pede a suspensão do decreto de Bolsonaro que alterou as regras de uso de armas e de munições, facilitando o porte.
Com a colaboração de Natalia Devens e informações do G1
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