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Zema diz que errou ao prometer que secretários não receberiam salário

Zema diz que errou ao prometer que secretários não receberiam salário

A declaração foi feita em entrevista à rádio CBN, nesta quarta-feira (12)

Publicado em 13 de junho de 2019 às 21:10

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Zema diz que errou ao prometer que secretários não receberiam salário. (Instagram)

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse que errou ao prometer em campanha que o primeiro escalão do governo não receberia salários e ao criticar o pagamento de jetons -gratificação que secretários recebem por cargos em conselhos de estatais.

A declaração foi feita em entrevista à rádio CBN, nesta quarta-feira (12). No final de maio, Zema vetou a emenda da reforma administrativa, aprovada na Assembleia Legislativa, que proibia o pagamento de jetons a secretários. O veto depende de nova análise dos parlamentares.

"Eu tenho de dar a mão à palmatória e falar que errei nessa questão aí", afirmou o governador. "Vale lembrar que é a primeira vez que assumo um cargo público, nunca tinha assumido e não tinha conhecimento realmente como estava".

No mesmo dia em que vetou a proibição ao pagamento de jetons, o governador assinou um decreto que estipula condições para a participação dos secretários nos conselhos fiscais de estatais.

No texto, Zema determina que -os vencimentos totais de um secretário salário e jetons somados- não pode exceder o teto do funcionalismo estadual. Medido por salário de desembargador, hoje ele é de R$ 35.462,22.

Também fez valer um decreto anterior, do governo de Fernando Pimentel (PT), que limita a participação de cada secretário a até dois conselhos. Os valores pagos por jetom variam de empresa a empresa.

O governador disse que reviu sua posição ao comparar os salários de secretários de Minas Gerais com outros estados e com o de secretários municipais de Belo Horizonte.

O salário líquido de um secretário estadual de MG gira em torno de R$ 8. 500. Segundo o governador, o valor seria equivalente a um quarto ou um terço do que é pago por Goiás, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Ele ressaltou ainda que os salários dele e do vice-governador, Paulo Brant (Novo), são doados, como prometeu em campanha. Zema divulgou doações a duas Apaes para os pagamentos de janeiro e fevereiro.

"O que diz respeito ao secretários, nós teríamos que corrigir o que eles ganham para um patamar que seja igual ao de outros estados. Porque hoje você não consegue atrair pessoas qualificadas com um salário que é metade de um secretário municipal", defendeu.

Zema também defendeu a nomeação dos secretários de Governo e Educação -Custódio de Mattos e Júlia Sant'Anna- para cadeiras nos conselhos fiscais de duas estatais de energia, a Light e a Taesa.

Segundo o governador, caso a vaga fosse em conselho de administração, os dois precisariam ter experiência no setor das empresas, como defende seu partido.

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Mas, como o cargo é fiscal, para analisar relatórios financeiros e despesas, Zema disse que os considera "totalmente aptos".

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