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Programação segue normal antes de protesto contra Glenn em Paraty

Programação segue normal antes de protesto contra Glenn em Paraty

Moradores contra a presença do jornalista americano vêm organizando a manifestação na margem esquerda do rio Perequê-Açu

Publicado em 12 de julho de 2019 às 19:45

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Programação e clima seguem normais antes de protesto contra Glenn Greenwald. (Instagram)

Com a proximidade do horário da fala de Glenn Greenwald em Paraty, na programação da Flipei, a cidade se organiza para o protesto agendado no mesmo horário. Moradores contra a presença do jornalista americano vêm organizando a manifestação na margem esquerda do rio Perequê-Açu, onde está ancorado o barco em que Greenwald fará sua palestra. A concentração foi marcada para as 17h, na Praça do Chafariz.

Na noite de quinta-feira (11), três membros da Cavalaria da Polícia Militar carioca faziam patrulha no entorno da Flipei. Um dos cabos afirmou que o patrulhamento seguiria sem interrupção "até domingo à noite", porém o local hoje amanheceu vazio.

Às 14h desta sexta, três oficiais do patrulhamento aquático também da PM manobravam veículo próximo à beira do rio, enquanto outros dois subiam em um jet-ski da corporação. Segundo um dos policiais, a presença do destacamento não teria relação com a manifestação, e seria rotina da Flip.

No mesmo horário, um caminhão com uma faixa com os dizeres "Indignação é coisa nobre! Fora de Paraty Glenn Greenwald", estava estacionado na entrada da cidade. Outra faixa idêntica foi disposta no portal de Paraty, mas em seguida retirada.

A socióloga Sabrina Fernandes, 30, que vai mediar a mesa "Os Desafios do Jornalismo em Tempos de Lava Jato", falou sobre o protesto. "Nessa conjuntura de polarização, é comum que esse tipo de manifestação despolitizada aconteça. As pessoas elegeram o 'The Intercept' e o Glenn como inimigos simplesmente porque eles trouxeram à tona elementos e evidências de coisas que a maioria da esquerda já apontava", avalia.

"Isso significa que existe medo de conhecimento na sociedade. E é aí que mora a preocupação. Uma manifestação contra o Glenn é um sintoma desse medo de conhecimento. E, se eles têm medo, a gente tem que demonstrar coragem", diz.

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A economista Valeria Amorim, 58, moradora do Rio de Janeiro, veio à Flip pela primeira vez, e acompanhava pela manhã algumas das mesas realizadas no mesmo barco. "Minha preocupação é virem com a disposição para criar tumulto. Isso é uma censura, uma atitude mesquinha e que nada tem a ver com o espírito da cidade", comenta.

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