O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) está promovendo uma "regressão civilizatória" no campo político. Em entrevista para a revista "Istoé", ele disse que a agenda econômica está se impondo e que o presidente tem feito avanços na área. No entanto, ressaltou que Bolsonaro não pode continuar alimentando "o ódio e o preconceito" no país.
"Bolsonaro teve oportunidade de retomar a atividade econômica do Brasil. A agenda econômica está se impondo, independentemente de quem está no poder. Pelo tanto de desempregados que temos, há a necessidade de se impor novos parâmetros e novas relações econômicas, de avançar em parcerias com o setor privado, e é o que ele está fazendo. Mas, no campo político, ele está promovendo uma regressão civilizatória", afirmou o governador.
Para Casagrande, as declarações do presidente atrapalham o governo, mesmo que isso seja uma estratégia do presidente para manter as pessoas mobilizadas dentro das teses dele. "Pode ser bom nesse sentido, mas é ruim para o país. A sociedade já vive momentos de intolerância muito grande e é papel dos governantes mostrar que precisamos de uma sociedade fraterna, harmoniosa, que possa conviver com as diferenças e não alimentar o ódio e o preconceito."
O governador do Estado ainda disse que o "presidente da República tem que se comportar como presidente da República".
Entre as medidas econômicas do governo federal que ressaltou como positivas, estão as ações para reduzir o preço do gás e a liberação do FGTS. Sobre a reforma da Previdência, Casagrande reiterou que defende a proposta e concorda com "boa parte daquilo que foi votado", mas que discorda de pontos do regime geral. "Sei da importância da reforma e sei o que vou precisar fazer aqui no meu Estado."
ELEIÇÃO
Na entrevista para a "Istoé", o governador defendeu uma candidatura do PSB para a Presidência em 2022. Ao ser questionado se pretende ser candidato a presidente, disse que está "cuidando de governar o Espírito Santo, mas o partido vai fazer esse debate logo após a eleição municipal no ano que vem".
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