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Deputado capixaba foi à reunião no STF horas antes de suspensão

Deputado capixaba foi à reunião no STF horas antes de suspensão

Comitiva de deputados e senadores, incluindo o capixaba Helder Salomão (PT), foi ao Supremo Tribunal Federal (STF), em agenda com o presidente Dias Toffoli

Publicado em 7 de agosto de 2019 às 21:32

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Deputado federal Helder Salomão participou de reunião no Supremo Tribunal Federal sobre a transferência de Lula. (Assessoria/Divulgação)

Após uma comitiva de dezenas de deputados e senadores de mais de 10 partidos terem solicitado com urgência uma reunião com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, na tarde desta quarta-feira (7), para tratar da transferência do ex-presidente Lula (PT) para o presídio de Tremembé, em São Paulo, a Corte decidiu mantê-lo preso em Curitiba. O deputado federal do Espírito Santo Helder Salomão (PT) participou do grupo, que se organizou em cerca de 20 minutos e foi a pé do Congresso Nacional para o STF.

Horas antes da decisão do STF que suspendeu a transferência, os deputados abandonaram a votação dos destaques à reforma da Previdência para seguir com a comitiva, que também contou com o ex-candidato a presidência pelo PT, Fernando Haddad, e a presidente nacional da legenda, a deputada Gleisi Hoffmann.

Segundo Helder, este tipo de movimento do Legislativo ao Judiciário foi uma ação nunca vista. "Houve um sentimento que tomou conta do parlamento, tanto é que tinha parlamentares da oposição e da base do governo, e inclusive críticos a Lula. Isso foi tido como uma decisão absurda, injusta e claramente com o intuito político. Era necessário tomar uma atitude, ou o Judiciário se achará dono do país", afirmou.

O petista contou que Toffoli decidiu os receber por conta de um contato feito pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e que diante da gravidade do fato, havia se comprometido a colocar o assunto em pauta na sessão desta quarta.

"A arbitrariedade foi tão grande que levou a isso. Todo mundo tem que ser julgado, mas com imparcialidade. Se não houver um freio nesses abusos de poder, as instituições vão perder credibilidade", frisou.

Deputado federal Helder Salomão participou de reunião no Supremo Tribunal Federal sobre a transferência de Lula. (Assessoria PT/Divulgação)

A transferência de Lula foi um pedido do superintendente da Polícia Federal, Luciano Flores, que argumenta que a prisão do petista altera a rotina do prédio da PF. Tanto o PT como a defesa de Lula criticaram a autorização, ao apontarem ausência de direitos e de segurança pessoal ao ex-presidente.

MOTIVO

A transferência de Lula foi um pedido do superintendente da Polícia Federal, Luciano Flores, que argumenta que a prisão do petista altera a rotina do prédio da PF. Na manhã desta quarta, a juíza federal Carolina Lebbos, responsável pela execução da pena do ex-presidente, determinou que ele fosse transferido para São Paulo. Tanto o PT como a defesa de Lula criticaram a autorização, ao apontarem ausência de direitos e de segurança pessoal ao ex-presidente.

Para o presidente do PT no Espírito Santo, João Coser, a decisão tomada pela juíza foi inadequada. "Ele é um ex-presidente, não pode ser tratado desta forma. Não estamos pedindo privilégio, mas para que seja tratado de acordo com as condições compatíveis com a situação. Acreditamos na inocência dele, e o que esperávamos era o julgamento do habeas corpus, e não uma transferência", defendeu.

Fundador do PT no Espírito Santo e uma das lideranças do movimento "Lula Livre" no Espírito Santo, Perly Cipriano também avaliou a transferência como "retaliação e vingança". "Ele tem é que ir para a liberdade. A defesa do Lula não pediu transferência. Foi uma retaliação, por conta dos questionamentos feitos sobre a imparcialidade dos juízes e procuradores, e esta medida poderia colocar em risco a segurança dele."

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Segundo Perly, todas as semanas, às sextas-feiras, no início da noite, o partido e apoiadores têm realizado uma vigília na Praça Oito, no Centro de Vitória, para reforçar o movimento "Lula Livre".

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