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'Tudo tem um preço', diz Moro sobre ameaças do PCC

"Tudo tem um preço", diz Moro sobre ameaças do PCC

Líderes da facção criticam o ministro Sérgio Moro e falam que "ele veio para atrasar"

Publicado em 22 de agosto de 2019 às 07:16

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(Antonio Cruz/Agência Brasil/Arquivo)

O ministro Sérgio Moro disse à reportagem do Estadão que seu compromisso com o presidente Jair Bolsonaro é endurecer o combate ao crime. Nas últimas semanas, a Polícia Federal, braço do Ministério de Moro, tem atacado intensamente o coração financeiro de organizações e facções violentas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC). Essa ofensiva permitiu a descoberta de diálogos entre lideranças do crime organizado com ameaças ao ministro. Moro não se mostra acuado. "Tudo tem um preço", ele disse.

Os grampos que citam Moro estão nos autos da Operação Cravada, deflagrada pela PF na quarta-feira (7). Os agentes saíram às ruas em sete Estados para cumprir 30 mandados de prisão e bloquear 400 contas do PCC.

"O PT tinha diálogo com nóis cabuloso. É que esse Moro aí mano, esse cara é uma filha da puta", disse no celular Alessandro Roberto Pereira, o 'Elias' ou 'Veio', segundo a Operação Cravada.

Ao Estadão, Moro declarou. "O compromisso assumido com o presidente Bolsonaro foi sermos firmes contra corrupção, crime organizado e crimes violentos. Essa foi a orientação feita à Polícia Federal que tem o mérito pelas recentes operações."

O ministro disse, ainda. "Precisamos avançar mais, porém com medidas executivas e também legislativas, como o projeto anticrime."

Entre os presos, está Alexsandro Roberto Pereira, conhecido como 'Elias' ou 'veio'. De acordo com as investigações, ele atua como 'Resumo da Rifa', e é responsável por 'posição na hierarquia da organização criminosa e também possui poder de decisão e mando sobre os demais integrantes'.

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Das investigações foi possível desvelar que o noticiado possui a função de controlar as contas bancárias, utilizadas pela organização para movimentar dinheiro de suas atividades ilícitas, principalmente, o tráfico de drogas. Ele é um dos homens de 'relevante função, bem como poder e comando' do PCC, que foram transferidos para presídios federais, segundo decisão judicial que deflagrou a Cravada.

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