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Moradores do ES querem mais ações na área de segurança

Moradores do ES querem mais ações na área de segurança

Foi o que revelou a discussão com moradores de todas as regiões do Espírito Santo sobre o Orçamento de 2020 e o Plano Plurianual

Publicado em 8 de setembro de 2019 às 07:50

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Cápsulas encontradas próximas ao bar onde o estudante foi baleado. (Ayrton Mota)

Homicídios, roubos, acidentes de trânsito, gargalos do sistema prisional e prevenção de desastres ainda estão entre os problemas que mais afligem os capixabas e os fazem cobrar ações do governo, como prioridade.

Foi o que revelou a discussão com moradores de todas as regiões do Espírito Santo sobre o Orçamento de 2020 e o Plano Plurianual, que estabeleceu o planejamento de políticas públicas de 2020 a 2023, realizada no último mês de julho pelo governo.

Entre as dez microrregiões do Estado, sete concentraram o maior número de pedidos de investimentos para a área de segurança pública. Dos 10.246 apontamentos feitos pela população, 1.846, ou seja, 18%, foram para este ramo. 

As participações e sugestões da população foram colhidas em audiências públicas e pela internet, no site do Orçamento. Ao todo, houve o envolvimento de 2.370 pessoas, participação ainda proporcionalmente baixa, comparada ao total do eleitorado, representando 0,08% da população.

Dentro da área estratégica de segurança, o governo apontou os desafios que estão postos e quais ações está prevendo para resolver cada um. O problema que recebeu o maior número de apelos foi o da redução do número de homicídios dolosos, com 603 pedidos, e em seguida, o da redução dos crimes contra o patrimônio, que são os roubos e assaltos, com 502.

A reclamação chama a atenção, já que mesmo com as recentes melhoras nos índices de violência, a preocupação com o número de mortes ainda é a mais expressiva. De janeiro a agosto, por exemplo, houve queda de 16,8% neste tipo de crime, em relação ao mesmo período de 2018.

COBRANÇAS

Durante a participação no orçamento, a população também podia sugerir ações para viabilizar o alcance das metas.

De forma geral, de acordo com os pedidos apresentados, a queda nos homicídios precisa estar relacionada a um melhor aparelhamento e modernização das forças de segurança e a implantação programas específicos para combater a criminalidade.

Moradores de Linhares e municípios vizinhos pediram unidades padrões de polícia técnico-científica, sistemas de impressões digitais e implantação de um Ciodes na região, por exemplo.

Já a Região Litoral Sul apontou que o governo poderia elaborar um Plano Estadual de Prevenção ao Uso de Drogas e ampliar o videomonitoramento.

CAPACITAÇÃO

Assim como na maior parte do Estado, nos sete municípios da Região Metropolitana, que concentram a maior parte da população do Estado, a maioria dos pedidos é por investimentos na segurança pública. A segunda área mais demandada foi a de desenvolvimento social, com pedidos para oferecimento de capacitação de jovens para o mercado de trabalho.

Para diminuir os homicídios, as principais ações solicitadas foram pela reimplantação do Batalhão de Missões Especiais (BME) e por melhorias no Sistema de Inteligência das Polícias Civil e Militar.

Também houve reivindicação por incremento nas ações de prevenção, como a Patrulha da Comunidade, a Patrulha Maria da Penha e nas políticas para jovens.

“O Proerd é um programa muito importante que agrega bons valores às crianças e adolescentes. Porém, precisa existir um outro programa que dê continuidade no trabalho com crianças e adolescentes”, pediu um morador.

“É preciso melhorar a logística de entrega de ocorrências nos DPJ’s da Grande Vitória”, contribuiu outro morador.

Já sobre o desenvolvimento social, o desafio mais votado foi o de redução da pobreza. Para solucioná-lo, a população apontou que a principal ação a ser desenvolvida é a capacitação de jovens de 14 a 24 anos para o mercado de trabalho, com 42 pedidos. Como sugestão, disseram que o Estado deveria propor incentivos para a contratação desses jovens pelas empresas.

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(Com colaboração de Bruna Hemerly e Leonardo Goliver)

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