Três dias após o fechamento do Hospital Comunitário Doutora Andrea Canziam Lopes, o único de Atílio Vivácqua, no Sul do Estado, o atendimento volta ao normal. A instituição era administrada pelo Hospital Infantil São Francisco de Assis, mas a prefeitura rescindiu o contrato na última semana com o Hifa, reassumindo toda administração.
O Hifa administrava o hospital desde junho de 2016 e a prefeitura repassaria R$ 300 mil/mês para cobrir os gastos. De acordo com a prefeitura, houve problema na prestação de contas e por isso o valor do convênio referente a janeiro e fevereiro deste ano não foi pago, fazendo com que os atendimentos básicos fossem suspensos na última semana.
O aposentado José Herculano está com uma gripe insistente. Ele procurou o hospital nesta segunda-feira (21) e conseguiu ser atendido. Peguei a receita e já fui pegar o remédio, disse.
A recepção está em ordem, atendimentos sendo realizados, farmácia cheia. A dona de casa Lucimar Machado está no hospital desde o último sábado (19) para acompanhar a filha que está fazendo um tratamento. Porque ela começou a ter uma crise sábado. Ai estava tomando remédio, antibiótico e tive que vim aplicar aqui, contou.
Situação bem diferente da última sexta-feira (20), quando os moradores foram surpreendidos com a suspensão dos atendimentos. A instituição contratada para administrar o local, retirou equipamentos e medicamentos da unidade. A prefeitura garantiu que restabeleceria os atendimentos em até 72 horas.
Aproximadamente 12 horas depois do ocorrido, os atendimentos e boa parte da estrutura, já haviam voltado a funcionar. A prefeitura entrou com uma ação cautelar e conseguiu que os equipamentos que estavam sendo retirados, voltassem pra dentro do hospital.Foi justo, porque nós entendemos e sabemos que todo aquele equipamento, praticamente, eu diria que 99% daquele equipamento e medicamento pertence ao município, garantiu o prefeito Josemar Machado.
Mas para o Hospital Infantil, o caso está apenas no começo. Eles querem receber o que a prefeitura deve: R$ 700 mil reais mais as correções, segundo o advogado da instituição Jefferson Barbosa. O Hospital tem o direito de cobrar aquilo que lhe é devido, o que o município foi pedir uma cautela provisória antecedente. Isso não retira o direito e nem concede direito ao município, porque os bens são de direito do hospital.
Por enquanto, pacientes que precisam de internação estão sendo remanejados para outros municípios. A cozinha do local ainda não voltou a funcionar, mas o setor de urgência e emergência está equipado.
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