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Operação que apura desvio em obra de SP tem ações no Espírito Santo

Operação que apura desvio em obra de SP tem ações no Espírito Santo

Os alvos estão envolvidos no desvio de recursos públicos em obras do Rodoanel - Trecho Norte

Publicado em 21 de junho de 2018 às 22:44

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Polícia Federal apura desvios em obra do Rodoanel, em São Paulo. (OAS/Divulgação)

Uma operação realizada pela Polícia Federal de São Paulo teve desdobramentos nas cidades de Marataízes e de Itapemirim, no Litoral Sul Capixaba. A ação, deflagrada na manhã desta quinta-feira (21), apura o desvio de recursos públicos em obras do Rodoanel – Trecho Norte, em São Paulo. Os outros mandados foram cumpridos em São Paulo/SP, Carapicuíba/SP, Arujá/SP, Bofete/SP, Ribeirão Preto/SP e São Pedro/SP.

Segundo a Polícia Federal, no Espírito Santo, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em Marataízes e um mandado de busca em Itapemirim. Como o caso segue em segredo de Justiça, detalhes das ações no Estado não foram divulgadas pela PF.

O inquérito policial foi instaurado em 2016, após um ex-funcionário de uma empresa que atuou nas obras apresentar à Polícia Federal informações acerca de possíveis manipulações em termos aditivos desta obra do Rodoanel, para aumentar o valor pago a empreiteiras, que já haviam vencido a licitação para realizar as obras.

As investigações apontam que aditivos contratuais, relacionados principalmente à fase de terraplanagem da obra, incluíam novos serviços para efetuar a remoção de matacões (rochas) misturados ao solo. As provas produzidas no inquérito policial indicam que era previsível a existência de matacões no solo e, portanto, o projeto inicial já contemplaria o custo de sua remoção.

De acordo com os autos, no total, o acréscimo desses serviços teria ocasionado um sobrepreço de mais de R$ 131 milhões. Segundo perícia da PF e relatórios do Tribunal de Contas da União e da Controladoria Geral da União, em um dos cinco lotes onde houve aditivos relacionados a remoção dos matacões, houve apuração de sobre preço da ordem de R$ 33 milhões.

Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de fraude à licitação, estelionato contra o Poder Público, falsidade ideológica e associação criminosa. Os presos permanecerão na sede da PF em São Paulo, à disposição da Justiça Federal.

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