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Pai supera desafios e leva filho cadeirante ao topo do Pico da Bandeira

Pai supera desafios e leva filho cadeirante ao topo do Pico da Bandeira

Com uma mochila improvisada, Daniel Pinto Pereira, de 46 anos, e seu filho Isaac Rocha, de 10 anos subiram os 2.890 metros para chegar ao topo do Pico da Bandeira

Publicado em 25 de julho de 2018 às 21:06

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As trilhas desafiadoras que levam ao ponto mais alto do Estado, o Pico da Bandeira, no Parque Nacional do Caparaó, foram vencidas por Daniel Pinto Pereira, de 46 anos, e seu filho Isaac Rocha, de 10 anos. No último domingo (22), o menino, que é cadeirante, chegou ao topo nas costas do pai, com uma mochila improvisada.

Acostumados a fazer corridas com o apoio de um triciclo, a dupla decidiu que faria o desafio após treinar em pequenas trilhas. “Já tinha subido duas vezes sozinho e sabia das dificuldades. Peguei uma mochila de escaladas e fiz dois buracos para colocar as pernas dele. No dia, esperamos até 7h30 na portaria do Parque para subir. Gastamos quatro horas e 17 minutos. Andava uma hora e descansava 15 minutos”, conta o pai.

Os desafios para chegar aos 2.890 metros do topo do Pico da Bandeira foram aumentando ao longo do caminho, segundo Daniel. O Sol escaldante, sem sombras ao longo do trajeto e o cansaço físico quase o fizeram desistir.

Pai e filho subiram 2.890 metros do Pico da Bandeira. (Fabrício Gonçalves)

“Após três horas, as energias se esgotaram. Cheguei a chorar, pensando que não conseguiria chegar. Mas, um rapaz, chamado Elias, ficou sabendo na portaria que eu estava subindo com meu filho cadeirante e decidiu que iria me alcançar para ajudar. Ele me achou e dividiu o trajeto comigo, carregando o Isaac”, diz Daniel Pinto.

A chegada foi marcada pela emoção. Um grupo de trilheiros o esperava para celebrar a vitória dos aventureiros. “Não imaginei que ele (Isaac) ficaria tão feliz. Deus não nos abandonou. Na portaria me disseram que foi a primeira vez que um pai sobe com um filho cadeirante. Não foi para realizar meu sonho, mas foi uma realização para Isaac”, contou.

SUPERAÇÃO

O servidor público é ex-atleta profissional de corridas. Por problemas de saúde, passou por sete cirurgias e foi orientado a não mais disputar provas. O menino Isacc Rocha nasceu com paralisia cerebral, hidrocefalia e epilepsia. Por conta dele, Daniel voltou a correr.

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Após o divórcio, se apaixonou pela mãe de Isaac e adotou o menino há cerca de seis anos. O pai e o filho de coração hoje são especialistas nas corridas de rua e viajam pelo país e pelo Espírito Santo atrás de provas. Segundo Daniel, 90% de suas participações são em solo capixaba.

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