Diversos frascos de chumbinho foram apreendidos em Mimoso do Sul, no Sul do Estado, nesta segunda-feira (20). Eles estavam sendo comercializados irregularmente em uma loja de produtos agropecuários no interior do município. A comercialização deste produto está proibida no Brasil desde 2012 em função da elevada toxicidade
De acordo com o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), os produtos foram apreendidos após uma fiscalização de rotina. O engenheiro agrônomo do Idaf, João Pedro Grünewald, explica que o "aldicarbe", principal agrotóxico utilizado de forma irregular como raticida doméstico (chumbinho), foi banido do mercado brasileiro.
O produto é responsável por quase 60% dos milhares de casos de intoxicação no Brasil, todos os anos. Desta forma, o Idaf atua para evitar que os prejuízos decorrentes do desvio de uso desse agrotóxico atinjam a população, disse.
Os produtos apreendidos pelo Idaf e serão destruídos. Os responsáveis foram autuados e têm prazo de uma semana para comparecer ao escritório para prestar esclarecimento.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os motivos do retirada do aldicarbe do mercado nacional estão relacionados à alta incidência de intoxicações humanas e de envenenamento de animais. Além disso, o produto possui a mais elevada toxicidade aguda entre todos os ingredientes ativos de agrotóxicos até então autorizados para uso no Brasil.
INEFICAZ COM O RATICIDA
Segundo a Anvisa, além de possuir elevada toxicidade aguda, o chumbinho é ineficaz no combate doméstico de roedores. Normalmente, como o primeiro animal que ingere o veneno morre de imediato, os demais ratos observam e não consomem aquele alimento envenenado.
Já os raticidas legalizados, próprios para esse fim e com registro junto à Anvisa, agem como anticoagulantes, provocando envenenamento lento nos ratos. Dessa forma, a morte do animal não fica associada ao alimento ingerido, o que faz com que todos os ratos da colônia ingiram o veneno.
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