Aproximadamente 60 pais de alunos e funcionários públicos municipais fizeram uma manifestação na manhã desta segunda-feira (10) em Ibatiba, na região do Caparaó. Os pais reclamam que, com a greve dos servidores, que já dura 45 dias, os filhos estão sendo prejudicados. Já os funcionário públicos pedem revisão salarial.
A greve parcial começou no dia 23 de julho e, na última segunda-feira (03),virou greve geral em todos os setores. 350 funcionários (efetivos e temporários) estão de braços cruzados. Uma das manifestantes, a manicure Márcia Amorim, de 33 anos, reclama que tem medo que o seu filho perca o ano letivo.
Primeiro veio a operação tartaruga. Durante trinta dias entrava 12h30 e saia 2h30 e agora já estamos na segunda semana de greve geral. No início do ano ficaram sem transporte durante 30 dias e, somando agora com a greve, eles têm um prejuízo incalculável. Não é só meu filho prejudicado, são várias crianças, reclamou.
De acordo com o presidente do sindicato dos servidores públicos municipais, Edson Saloto, 30% dos funcionários continuam trabalhando. Serviços essenciais como o atendimento no pronto socorro, vacina e a vigilância patrimonial são mantidos.
Os professores pedem o pagamento do piso nacional, que inicial seria R$ 1.534,00 para 25 horas e a prefeitura paga 18% a menos, R$ 1.272,00. E nos outros setores, incluindo os professores, é a revisão geral dos salários que deveria ter ocorrido no dia 1º de janeiro. Estamos pedindo 3% de reposição de perda inflacionária, entre outras.
Os pais vão procurarar o Ministério Público ainda nesta segunda-feira (10) para pedir uma solução em relação à paralisação.
O OUTRO LADO
Por meio de nota, a prefeitura de Ibatiba esclareceu que sempre manteve o diálogo com o Sindicato dos Servidores Públicos e informou que, questões financeiras e jurídicas, impedem momentaneamente o município de aumentar despesas, pois isso acarretaria em situações como se tem visto Brasil afora, de municípios e Estados com as contas estouradas.
A administração afirma, ainda, que o Poder Executivo elaborou consulta ao Tribunal de Contas sobre os pleitos dos servidores e aguarda pronúncia do órgão de controle.
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