Pais de alunos da Escola Municipal de Itaputanga, em Piúma, no Litoral Sul reclamam da demora para o fim da obra de reforma da unidade de ensino. O serviço, orçado em R$ 1.176.859,74, deveria estar concluído em 2016, mas a obra está parada. As aulas acontecem na própria escola, mas os alunos não têm espaço para fazer as atividades físicas.
A escola está cercada por tapumes, as paredes estão sem pintura e a quadra de esportes se tornou um canteiro de obras. Os pais garantem que na última semana foram retirados todo entulho da escola e deixados do lado de fora. O eletricista Reginaldo Lucindo reclama do abandono do local.
Eles abandonaram a nossa escola. Já era para estar pronta, era só dar sequência no trabalho da outra gestão. A quadra praticamente já está pronta. Só falta tirar a sucata que está lá dentro e fazer pintura. Isso custa barato e os alunos terão um local adequador para fazer a educação física e hoje eles não tem.
A placa com o valor do investimento foi colocada em 2016. Em fevereiro deste ano haviam tapumes caídos e dava para ver restos de materiais de construção. Na época, a prefeitura disse que o novo prazo para tudo ficar pronto seria abril desse ano, mas em junho a obra continuava paralisada. Para a dona de casa Cláudia Silva, falta segurança no local.
O que mais incomoda é a estrutura por fora. As crianças não têm um lugar para fazer educação física. O mesmo local em que fazem educação física é o mesmo que merendam, é um espaço pequeno que tem coluna e corre risco de sentar a cabeça na hora que jogar bola, então isso preocupa muito os pais. Esses madeirites qualquer um chega, puxa e entra na escola. A gente sai para trabalhar e deixa o filho da gente em uma escola como está, correndo o risco de alguma pessoa entrar e cometer algum delito.
O OUTRO LADO
O prefeito de Piúma, Ricardo Costa, disse que a empresa responsável pela obra realizou serviços que não estavam no projeto e nem foram autorizados. Parte do que é estrutura para uma caixa d'água seria um serviço a mais. Acertos de colocação de coluna, temos uma derrubada de muro que foi feita e não tinha previsão dentro do próprio projeto e tivemos que colocar o madeirite. Tem algumas coisas que possivelmente sejam falhas do projeto e, se as falhas forem do projeto, o procedimento é fazer o aditivo para que a empresa possa cumprir a obra e pagar o que ela tiver de fazer, garantiu.
Agora, a prefeitura contratou uma empresa de engenharia para fazer um relatório que vai apontar se os serviços que foram feitos eram, de fato, necessários. Começou no dia 8 de agosto e tem a previsão de 90 dias para entregar o relatório, mas já está bastante avançada e acredito que entregue bem antes este relatório. A partir dele a gente faz a composição com a própria empresa que está fazendo o serviço hoje e, caso a empresa concorde com o que esta sendo identificado, irá continuar o trabalho e acredito que até o final do ano tenha condições de entregar, pois falta muito pouco, explicou.
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