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Pais reclamam de obra inacabada de escola em Piúma

Pais reclamam de obra inacabada de escola em Piúma

As aulas acontecem na própria escola, mas os alunos não têm espaço para fazer as atividades físicas

Publicado em 18 de setembro de 2018 às 16:02

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O muro foi derrubado e a escola está com tapumes . (Marcel Alves )

Pais de alunos da Escola Municipal de Itaputanga, em Piúma, no Litoral Sul reclamam da demora para o fim da obra de reforma da unidade de ensino. O serviço, orçado em R$ 1.176.859,74, deveria estar concluído em 2016, mas a obra está parada. As aulas acontecem na própria escola, mas os alunos não têm espaço para fazer as atividades físicas.

A escola está cercada por tapumes, as paredes estão sem pintura e a quadra de esportes se tornou um canteiro de obras. Os pais garantem que na última semana foram retirados todo entulho da escola e deixados do lado de fora. O eletricista Reginaldo Lucindo reclama do abandono do local.

“Eles abandonaram a nossa escola. Já era para estar pronta, era só dar sequência no trabalho da outra gestão. A quadra praticamente já está pronta. Só falta tirar a sucata que está lá dentro e fazer pintura. Isso custa barato e os alunos terão um local adequador para fazer a educação física e hoje eles não tem”.

A placa com o valor do investimento foi colocada em 2016. Em fevereiro deste ano haviam tapumes caídos e dava para ver restos de materiais de construção. Na época, a prefeitura disse que o novo prazo para tudo ficar pronto seria abril desse ano, mas em junho a obra continuava paralisada. Para a dona de casa Cláudia Silva, falta segurança no local.

“O que mais incomoda é a estrutura por fora. As crianças não têm um lugar para fazer educação física. O mesmo local em que fazem educação física é o mesmo que merendam, é um espaço pequeno que tem coluna e corre risco de sentar a cabeça na hora que jogar bola, então isso preocupa muito os pais. Esses madeirites qualquer um chega, puxa e entra na escola. A gente sai para trabalhar e deixa o filho da gente em uma escola como está, correndo o risco de alguma pessoa entrar e cometer algum delito”.

O OUTRO LADO

O prefeito de Piúma, Ricardo Costa, disse que a empresa responsável pela obra realizou serviços que não estavam no projeto e nem foram autorizados. “Parte do que é estrutura para uma caixa d'água seria um serviço a mais. Acertos de colocação de coluna, temos uma derrubada de muro que foi feita e não tinha previsão dentro do próprio projeto e tivemos que colocar o madeirite. Tem algumas coisas que possivelmente sejam falhas do projeto e, se as falhas forem do projeto, o procedimento é fazer o aditivo para que a empresa possa cumprir a obra e pagar o que ela tiver de fazer”, garantiu.

Agora, a prefeitura contratou uma empresa de engenharia para fazer um relatório que vai apontar se os serviços que foram feitos eram, de fato, necessários. “Começou no dia 8 de agosto e tem a previsão de 90 dias para entregar o relatório, mas já está bastante avançada e acredito que entregue bem antes este relatório. A partir dele a gente faz a composição com a própria empresa que está fazendo o serviço hoje e, caso a empresa concorde com o que esta sendo identificado, irá continuar o trabalho e acredito que até o final do ano tenha condições de entregar, pois falta muito pouco”, explicou.

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