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Santuário Nacional de Anchieta passa por restauração

Santuário Nacional de Anchieta passa por restauração

A previsão é de que as obras terminem em 2020

Publicado em 27 de setembro de 2018 às 16:09

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Obras do Santuário Nacional de Anchieta. ( TV Gazeta Sul)

As obras da primeira etapa da restauração do Santuário Nacional de São José de Anchieta, localizado em Anchieta, no Litoral Sul, foram iniciadas. O local vai ganhar uma sala onde visitantes poderão pesquisar documentos de mais de 400 anos. O projeto da reforma foi feito pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e vai custar R$5.664.000,00.

O processo de recuperação será feito em etapas e terá duração total de dois anos. A primeira fase fará o restauro e a readequação do museu. Ela compreenderá uma série de obras para oferecer maior acessibilidade às pessoas com dificuldade de locomoção, como rampas, banheiros adaptados conforme normas técnicas, sinalização em braile e plataformas elevatórias para os visitantes.

A obra ainda contempla projetos museológicos e museográficos para organização de acervo e investimentos na climatização, na iluminação, na comunicação, na sonorização e no restauro de peças. Os contêineres foram montados no pátio do Santuário e os funcionários estão trabalhando há cerca de um mês. 

“Essa primeira longa etapa a gente vai fazer a troca do telhado, descupinização, troca do madeiramento. A obra arquitetônica de restauro em si, parte elétrica, hidráulica dos espaços e da lanchonete do restaurante. Nos estamos dentro do cronograma que termina em junho de 2020”, explicou a gestora do projeto, Erika Valadão.

O santuário, um dos cartões postais do Estado, foi tombado em 1943. Foi nele que o padre Jesuíta José de Anchieta viveu os últimos anos, antes de morrer em 1597. Há quatro anos, o beato foi transformado em santo pelo Papa Francisco, aumentando ainda mais a importância deste espaço para a cultura nacional.

A restauração do museu também prevê a construção de uma sala de estudos. Existe uma série de documentos, de mais de 400 anos, que contam a história de José de Anchieta e dos jesuítas no país. Desse jeito, os pesquisadores vão poder estudar esses documentos e descobrir muitas coisas que ainda estão escondidas pela história, de acordo com o vice-reitor do Santuário, Bruno Franguelli.

“As pessoas chegando aqui terão contato visivelmente através de documentos com as cartas que Anchieta escreveu, os poemas, os manuscritos de Anchieta, a bula de canonização assinada pelo Papa Francisco e também um material a respeito da vida de Anchieta e o que ele fez no Brasil. Ele era botânico, pai da cultura, o pai do teatro”, contou.

O espaço do museu está fechado. As peças que ficavam lá dentro foram guardadas. O santuário atrai, por ano, cerca de 30 mil turistas. Com a reforma, a expectativa, é que mais pessoas passem pelo local. Mas a obra já representa ganho financeiro para a cidade, já que todos os funcionários que estão trabalhando são de Anchieta, segundo informou o secretário de Integração e Desenvolvimento Marcos Kneip.

"Conseguimos sensibilizá-los de contratar a mão-de-obra 100% local, não só isso, como também a aquisição de material. Naturalmente a mão-de-obra específica do restauro nós não temos para fornecer aqui. Mas todas as outras necessidades desta obra serão contratadas aqui”,disse.

Apesar da reforma, a igreja Nossa Senhora da Assunção vai continuar funcionando normalmente, com missas de terça-feira a domingo.

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