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Coopeducar: Educação que muda o futuro

Coopeducar: Educação que muda o futuro

100% dos alunos da escola cooperativa ingressam na faculdade

Publicado em 20 de outubro de 2018 às 18:56

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A empresária Salete Falchetto já se prepara para matricular a filha de um ano na Coopeducar. (Marcel Alves)

Educação é mais que um conceito, é uma necessidade para a mudança, não só de uma pessoa, mas de toda uma sociedade. É essa a preocupação da Salete Falchetto, mãe da pequena Alessia de apenas um ano. “A educação da minha filha é prioridade, mas sabemos que hoje para estudar alunos enfrentam muitos obstáculos, que vão da qualidade a estrutura oferecida durante o período de aprendizagem”.

Uma criança educada, com vontade de aprender, certamente pode fazer grande a diferença no mundo. Agora imagina uma sala de aula inteira com crianças assim, pensou? E se eu disser que existe uma escola com crianças que se preocupam com o futuro, crianças que aprendem diariamente que sozinhas elas podem ir mais rápido, mas que unidas elas podem ir mais longe.

É esse é o lema da Escola Cooperativa Coopeeducar que fica em Venda Nova do Imigrante. “Desde a educação infantil ao ensino médio o foco principal da escola está em criar um ambiente para o aluno sem pressão, com tranquilidade e que dê resultados. O foco principal da cooperativa não está na competição, mas está no resultado a ser alcançado. A escola visa em primeiro lugar a formação humana do aluno que, por consequência, tende a ter um bom sucesso profissional”, explica o diretor pedagógico e administrativo, Adelso Viçosi.

União faz a diferença

Alunos aprendem desde cedo a importância da união. (Marcel Alves)

A escola cooperativa da região serrana surgiu da união de 40 pais no ano 2000 que não aceitavam as condições oferecidas pelo sistema público e também não suportavam pagar os altos custos das mensalidades das escolas particulares. “É uma cooperativa de pais, eles são os donos da escola. Os pais cooperados se reúnem duas vezes por ano (março e outubro), em Assembleia, para traçar os rumos da escola, definir os investimentos que deverão ser realizados. A mensalidade é igual para todos, sendo que não há diferenças, nem descontos. Todos têm os mesmos direitos e obrigações. O valor da mensalidade é definido em assembleia onde todos votam, hoje gira em torno de R$ 600,00”, ressalta o diretor.

A Coopeducar é conveniada a OCB - Organização das Cooperativas do Brasil. Hoje no Estado do Espírito Santo além da escola cooperativa de Venda Nova, existem mais oito. No Brasil já são mais de 270. “Em quase todos os ramos que o governo se propõe a administrar a gente vê falhas e com isso a iniciativa privada vai tomando conta e na educação isso não é diferente. O sistema cooperativa vem para ocupar essa lacuna entre a falta de qualidade e os altos custos, utilizando da filosofia do cooperativismo, trabalhando com humanismo, transparência, amor ao próximo, igualdade, onde todos os sócios tem responsabilidade de oferecer educação de qualidade com um custo acessível”, disse o presidente da OCB, Pedro Scarpi.

Hoje a Coopeducar tem 280 alunos, mais de 400 pais cooperados e 55 funcionários. A Larissa Ventorim Calimam e o Gabriel Altoé desde os três anos de idade estudam na escola cooperativa e já sabem que com educação que recebem na escola terão grades oportunidades no futuro.

Ex Aluno, Sempre Aluno

Nos últimos anos temos visto que menos de 30% dos alunos que terminam o ensino médio chegam à faculdade. Um dos orgulhos da Coopeducar é ver que 100% dos seus alunos terminaram o ensino médio e concluem ou estão concluindo o ensino superior e a maioria já são profissionais que estão atuando no mercado de trabalho.

O sonho do Guilherme Perim era ser bombeiro, estudou só quatro anos na escola cooperativa, o que fez toda diferença na carreira dele. “Ao sair da escola pública e entrar na escola cooperativa percebi claramente a diferença na maneira de ensinar, o material utilizado tinha mais qualidade, além da filosofia do cooperativismo que transforma a vida”.

Depois de terminar os estudos na Coopeeducar, o bombeiro ingressou em uma universidade federal em Minas Gerais. “Hoje sou formado, voltei para Venda Nova onde nasci e aqui hoje meu sonho se tornou realidade. Como bombeiro ajudo as pessoas e pratico tudo aquilo que aprendi com o cooperativismo”, disse ele.

Já o Gustavo Zandonadi, de aluno se tornou professor na escola cooperativa. Ele se formou em Educação Física e hoje ensina que além do conteúdo é preciso ter uma convivência de amizade entre professor e aluno. “Voltar e ter a oportunidade de ensinar o que aprendi aqui é hoje a maior recompensa que um ser humano pode ter, sou muito feliz em trabalhar na Coopeducar”.

A grande maioria dos ex-alunos vê na cooperação um diferencial para o mercado. “Com este princípio que é trabalhado pela escola, os alunos passam a ter uma nova visão do mercado de trabalho. Não veem o mercado como competição, onde só os mais fortes sobrevivem, mas como colaboração, onde há espaço para todos”, finaliza o diretor da escola.

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Coopeducar: Educação que muda o futuro. (Marcel Alves)

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