Três pessoas suspeitas de estar envolvidas no desaparecimento do trabalhador rural Bruno Rodrigues, de 32 anos, foram presas nesta quarta-feira (31), em Alegre na região do Caparaó. Após um exame de DNA realizado em um material genético encontrado próximo da casa de um dos suspeitos, a polícia acredita que ele tenha sido assassinado. Um tio da vítima está foragido.
Durante as investigações, a Polícia Civil descobriu que, próximo à casa de um dos suspeitos, tio de Bruno, havia resquícios de uma fogueira e sangue do produtor rural. O delegado Carlos Victor Silva explicou que o material foi analisado.
O sangue da vítima foi encontrado em um lugar, que aparentava ser uma fogueira, próximo à casa de um dos suspeitos. A principal hipótese é que tenha sido morto naquele local ou que atearam fogo no local para esconder provas ou vestígios. Ainda não há confirmação se o corpo de Bruno também foi queimado.
Os suspeitos são um casal de tios de Bruno, outro tio e um conhecido da família. Todos foram ouvidos, mas negam a participação no crime. Eles dizem que no dia que Bruno desapareceu (seis de setembro) estiveram com ele, mas não o viram depois. Os depoimentos não batem, finalizou.
O crime pode estar relacionado com a disputa de terra na localidade de Morro da Carneira, que acontecia entre a família, mas ninguém chegou a formalizar alguma denúncia de ameaça na Polícia. Os dois homens foram encaminhados para o Centro de Detenção Provisória e a mulher para o Presídio feminino, ambos em Cachoeiro de Itapemirim. As investigações continuam.
O DESAPARECIMENTO
O produtor rural Bruno Rodrigues, de 32 anos, saiu de casa por volta de 12h do dia seis de setembro para cuidar de dois bezerros e desapareceu na região do Caparaó. A motocicleta dele, que também estava desaparecida, só foi encontrada cinco dias depois em uma ribanceira no meio de um matagal.
Durante entrevista na época, a esposa de Bruno, a costureira Leidiane Garcia Catten, contou que ele saiu de casa em Jerônimo Monteiro e disse que iria para o sítio da família, na localidade de Carneiro, interior de Alegre, para tocar dois bezerros.
ESPERANÇA
Apesar do resultado das investigações e das prisões, Leidiane ainda acredita que vai encontrar o seu esposo com vida. Eu ainda tenho esperança, porque o sangue é muito pouco. Um sangue que não cabe na palma da mão. Ele pode ter cortado um pé, um dedo. Estou esperando para ver se eles confessam alguma coisa e falar realmente o que aconteceu, revelou.
Denúncias que possam ajudar na investigação podem ser feitas pelo Disque Denúncia 181 ou pelo site https://disquedenuncia181.es.gov.br, não é necessário se identificar.
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