Perder um parente, um amigo, não é um momento fácil. Imagine então, ter que lidar ainda com a demora pela liberação do corpo? É o que vem acontecendo às sextas-feiras no Serviço Médico Legal de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado. O local tem ficado sem médico legista e, muitas vezes, as famílias precisam encaminhar os corpos para o órgão em Vitória.
Os casos de longas esperas pela liberação estão se tornando cada vez mais constantes. No início deste mês, por exemplo, a família da dona Maria Elisa, que morreu atropelada por uma caminhonete na Rodovia Cachoeiro x Frade, passou por essa situação. Ela teve de esperar a liberação para o dia seguinte, quando o médico chegaria ao plantão.
O mesmo relata Valquiria Rogério Silva. A família do companheiro da minha irmã também passou pelo problema de falta de médico no SML. Ele faleceu no dia 30 de dezembro e só foi enterrado no dia 1. A família nem pode velar o corpo por causa das condições que se encontrava, por causa dos dias que ficou, o caixão ficou fechado, por que o corpo já estava em decomposição, afirma.
Para não ter que esperar, as famílias podem levar os corpos para o DML de Vitória, há 137 quilômetros, porém, terão que arcar com a locomoção. Foi o caso do ex-vereador de Marataízes, Ione Belarmino, assassinado no mês passado. Os familiares tiveram que esperar o corpo chegar do DML de Vitória para então prestar as homenagens.
OUTRO LADO
O Serviço Médico Legal de Cachoeiro atende toda a região Sul do Estado e, com a demanda grande, faltam de médicos legistas. Segundo funcionários, seis médicos legistas trabalham no órgão.
Procurados pela reportagem, a Polícia Civil informou que quando não há médico legista em Cachoeiro, o atendimento é feito pelo Departamento Médico Legal, em Vitória. A nota ainda disse que há um concurso público em aberto para o preenchimento de 173 vagas, na Polícia Civil, sendo 15 para médico-legista e 20 para auxiliar de perícia médico-legal.
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