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'Obrigado por achar o corpo do meu filho', disse pai ao ver Jonas morto

"Obrigado por achar o corpo do meu filho", disse pai ao ver Jonas morto

O corpo de Jonas estava em uma ribanceira a 400 metros da estrada que dá acesso ao Parque Nacional do Caparaó

Publicado em 24 de março de 2019 às 00:56

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Área em que corpo de Jonas do Amaral foi encontrado em Dores do Rio Preto. (Geisy Gomes/Arquivo Pessoal)

“Obrigado por achar o corpo do meu filho, meu Jesus. Obrigado, meu Pai!”. Essas são as palavras de Juscelino Humberto do Amaral, de 58 anos, pai do vendedor Jonas Amaral, de 34 anos, principal suspeito de ter agredido a então namorada Jane Cherubim da Silva, de 36 anos. O corpo de Jonas foi localizado na manhã deste sábado (23) na localidade de Pedra Menina, interior de Dores do Rio Preto, na região do Caparaó.

O corpo de Jonas estava em uma ribanceira a 400 metros da estrada que dá acesso ao Parque Nacional do Caparaó. Ele estava preso a uma árvore em um local é de difícil acesso. No dia da agressão, 4 de março, Jane foi encontrada pelos irmãos. Ela estava desacordada e caída no meio da estrada. Desde então o suspeito estava desaparecido.

Jonas foi encontrado sem vida por volta de 11h por um produtor rural que adubava parte de uma lavoura de café. “Ele se deparou com o corpo de Jonas no local. De imediato ele comunicou com a família e a família com um tio de Jonas que trabalha na Polícia Civil de Minas Gerais. Ele comunicou ao delegado José Maria Simões que tomou as providências que deveria tomar: fazer a remoção do corpo e a perícia”, disse o advogado da família Amaral Osmar Aarestrub.

O pai, Juscelino Humberto do Amaral, o irmão e o tio de Jonas estiveram no local, foram eles que reconheceram os restos mortais. “O corpo foi reconhecido pelo pai, pelo tio que trabalha na Polícia Civil de Minas Gerais e pelo irmão Juscelino Filho. Nós não temos dúvida quanto ser ou não ser o Jonas Amaral, temos quase a certeza que é o Jonas Amaral”, garantiu o advogado.

Buscas

No dia do crime, familiares de Jonas e o grupo SOS Forquilha do Rio realizaram buscas na região para tentar encontrá-lo vivo ou morto. Dois dias após o crime, a mãe de Jonas também esteve na região para tentar saber notícias do filho. Desde então, a defesa solicitou que órgãos de Segurança Pública do Espírito Santo realizassem buscas na região do Caparaó próximo ao local do crime. O advogado da família Amaral, Osmar Aarestrub acredita que se essas buscas tivessem sido intensificadas na região o sofrimento da família teria sido menor.

“Desde o início, a defesa do Jonas do Amaral vem insistindo para que as buscas sejam feitas para encontrar o corpo dele. Esse transtorno, esse desespero, essa dor que a família está passando nesses 20 dias poderia ter sido minimizado se a busca tivesse sido feita nessa área aqui”, desabafou.

A família agora aguarda a divulgação dos laudos da perícia que vai indicar as circunstâncias da morte de Jonas. “Isso que vai definir se ele foi assassinado ou se cometeu o suicídio”, finalizou.

Investigações

Como o corpo já está em avançado estado de decomposição, a Polícia Civil ainda não confirmou se é do vendedor Jonas Amaral. Os restos mortais serão encaminhados para o Serviço Médico Legal (SML) de Cachoeiro de Itapemirim. O delegado Carlos Vitor de Almeida da Silva disse que todo material recolhido no local será periciado.

"Ainda não tem como afirmar se o corpo é de Jonas, muito embora familiares tenham falado que as vestes são as que ele usava no dia, oficialmente a gente depende de exame pericial para identificar o corpo", afirmou.

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No local foram recolhidos diversos objetos, entre eles dois aparelhos celulares que podem ser de Jonas e da vítima Jane Cherubim da Silva. Os laudos devem ser divulgados nos próximos 15 dias.

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