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Sem solução, interdição em rodovia no Sul do ES vai completar um ano

Sem solução, interdição em rodovia no Sul do ES vai completar um ano

A rodovia ES 177 está interditada desde junho de 2018 após um deslizamento de terra. O MPES pediu ao Governo do Estado a construção de um desvio

Publicado em 21 de maio de 2019 às 16:08

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A Rodovia ES 177 está bloqueada desde junho de 2018. (Internauta - Gazeta Online )

O Ministério Público de Muqui pediu ao Governo do Estado a construção do desvio da Rodovia ES 177, que liga os municípios de Muqui e Jerônimo Monteiro, no Sul do Estado. A estrada está bloqueada desde junho de 2018 após o desmoronamento de um a grande quantidade de terra, mesmo assim motoristas continuam se arriscando e passando pelo local.

O perigo continua o mesmo para quem passa pelo local, mesmo assim, a cozinheira Josiane Barreto se arrisca todos os dias. “É horrível, porque ainda mais em dia de chuva não sabe se vai poder passar ou não. Se vai ter condições. É complicado”, disse.

A interdição ocorreu em junho e, de acordo com o Departamento de Estradas e Rodagens (DER), existe o risco de novos desabamentos. Agora o Ministério Público de Muqui cobrou esclarecimentos do Governo do Estado pela falta de projeto de melhorias da pista.

“Muqui é um sítio histórico que depende do fluxo de pessoas que se utilizam da via através de Jerônimo Monteiro para ter acesso ao sítio histórico, aos aspectos turísticos que são desenvolvidos aqui no município de Muqui. A gente aqui da promotoria recebe reclamação diária dessa situação. E a gente quer demostrar para a população que o Ministério Público está atento a isso”, contou o promotor Fábio Baptista.

Segundo o Ministério Público, em março deste ano a Justiça determinou que o Governo do Estado interditasse o trecho e fizesse um desvio provisório. Três meses depois não houve mudanças. Somente mais terra desabando após as últimas chuvas. Para o promotor, as obras já deveriam estar prontas.

“O Estado tem a obrigação e urgência de trazer à Justiça, ao processo, uma informação técnica dada por um profissional capacitado para isso, da impossibilidade de construção desse desvio”, completou Baptista.

O desvio para os motoristas que utilizam a rodovia é passar por Cachoeiro de Itapemirim, mas o trajeto aumentaria 60 quilômetros. O taxista Anderson Pimenta sempre passa pela rodovia. Para não perder a corrida, passa ao lado do perigo. “Passar é muito perigoso, mas é o que a gente faz. Ganha 30 ou se cobra mais, mas é inviável para eles pagarem”, revelou.

O lavrador José Apalácio, morador antigo da região, tem medo de se envolver em um acidente. Mesmo assim, continua passando na Serra da Aliança. “A gente passa muito medo, mas é uma estrada que a gente tem que passar”, desabafou.

O Ministério Público quer agora que o Governo do Estado seja multado. “Isso implica no entendimento que está havendo descumprimento da ordem judicial, que é da identificação do desvio. Se isso não acontecer, nós vamos ter que executar a multa que pode chegar a um valor bem alto, essa multa é diária, para compelir o Estado a atender a nossa região com esse desvio”, finalizou o promotor.

O OUTRO LADO

Por meio de nota, o Departamento de Estradas e Rodagens informou que os engenheiros e técnicos do órgão acompanham o local com monitoramento constante das movimentações. Informou, ainda, que realiza estudos profundos para definição das soluções de estabilização mais apropriada da encosta.

As sondagens terminaram e, agora, a equipe está na fase de trabalho que vai direcionar o projeto. Portanto, não há prazo definido para maiores interferências no local. Uma vez que qualquer intervenção inapropriada poderá acarretar em maiores danos.

O DER finalizou afirmando que ainda não recebeu nenhuma notificação do MPES, logo que recebê-la irá se manifestar.

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Com informações de Rafael Ferraz da Tv Gazeta Sul

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