Após um julgamento de nove horas no Tribunal do Júri de
, Gabriel Moraes Moreira foi condenado a 27 anos de prisão nesta quarta-feira (12). Em agosto de 2015 ele estrangulou, decapitou e enterrou a própria mãe, a dona de casa Heliane Santana Moraes Moreira, 51, em Piúma, Litoral Sul do Estado.
Gabriel Moraes Moreira foi preso 23 dias após o crime, que teria acontecido no dia 29 de agosto. O caso foi a júri popular. Na sentença, o juiz Diego Ramirez Grigio Silva condenou o réu por homicídio qualificado a 27 anos, nove meses e dez dias de prisão em regime fechado.
As circunstâncias do crime foram graves e demonstram que o acusado agiu com alto grau de periculosidade, eis que asfixiou, decapitou e arrancou os olhos da vítima, além de ocultar o corpo e tentar furtar a aplicação da lei penal, justifica o juiz em um dos trechos da sentença.
O CRIME
O crime chocou todo o Sul do Estado pelos requintes de crueldade do acusado. A família morava no bairro Acaiaca, em Piúma. Na época, o então delegado de Piúma, Geraldo Peçanha, contou que as investigações começaram após o desaparecimento da vítima no dia 29 de agosto.
Na data, Gabriel e Heliane foram vistos em uma pizzaria da cidade. Na segunda-feira, como ela não aparecia, o marido, que trabalha em Vila Velha como taxista, fez boletim de ocorrência informando que a mulher estava desaparecida, contou o delegado.
A polícia começou a suspeitar de Gabriel, pois Heliane não saía sem o celular, nem deixava de se comunicar com a polícia. Em um dos quartos da casa da família, foi usado luminol, um produto que revela a presença de sangue e vestígios de sangue foram encontrados.
Após a prisão rapaz confessou todo o crime. Em depoimento, ele disse que não estava mais suportando a mãe em razão das cobranças. Ele passava por tratamento de dependência química e, em razão disso, naquela noite resolveu acabar com tudo, detalha Geraldo Pessanha.
Gabriel contou à polícia que estrangulou, decapitou e arrancou os olhos da mãe. Enrolou o corpo em um edredom para levar até a orla da praia de Maria Neném. A família alega que o jovem sofre de esquizofrenia, mas nenhum laudo apontou o distúrbio.
O corpo e a cabeça foram enterrados em uma cova de, aproximadamente, um metro e meio, aberta com uma pá. No ato da prisão, Gabriel Moraes foi encontrado com a arma do crime na cintura.
De acordo com as investigações, Gabriel Moraes conhecia diversas artes marciais e era aluno do curso de Educação Física de uma faculdade particular de Cachoeiro. Ele, segundo a Secretaria de Estado de Justiça, cumpre a pena no Centro de Detenção Provisória de Marataízes.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta