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Empresas têm dificuldades para selecionar candidatos no Sul do ES

Empresas têm dificuldades para selecionar candidatos no Sul do ES

A consultora de recursos humanos Glystian Ramos fala a dificuldade é encontrar candidatos qualificados e que aceitam a carga horária do trabalho

Publicado em 29 de agosto de 2019 às 17:09

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A consultora de recursos humanos Glystian Ramos fala que a dificuldade é encontrar candidatos qualificados e que aceitam a carga horária do trabalho. (TV Gazeta Sul)

O Estado do Espírito Santo tem, atualmente, mais de 230 mil desempregados, o que representa 10% da população. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No primeiro semestre deste ano, no Estado, a quantidade de pessoas que conseguiu emprego foi maior que a que saiu de algum. De janeiro a julho, foram 210.669 admissões contra 198.367 demissões, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

No entanto, apesar de mais gente estar conseguindo emprego no Espírito Santo, no Sistema Nacional de Emprego (Sine) de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado, há dificuldades para preencher as vagas. As oportunidades estão disponíveis todos os dias, mas nem sempre é fácil encaminhar alguém para elas.

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70% das pessoas que nos procuram não têm qualificação adequada. As empresas precisam de uma pessoa preparada e que atenda suas necessidades

Elizeu Rodrigues, gestor do Sine de Cachoeiro de Itapemirim
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A consultora de recursos humanos Glystian Ramos, fala que, entre os principais motivos, estão encontrar candidatos qualificados e que aceitam a carga horária de trabalho. "Falta curso, falta escolaridade e também uma disponibilidade de tempo e de horário para encaixar essas pessoas no perfil da empresa", explica.

Em uma padaria, por exemplo, o proprietário explica que está com vagas abertas há algum tempo, mas tem dificuldades em preenchê-las. "Quando o funcionário começa a trabalhar ele inicia disposto, mas com o decorrer do tempo, acaba querendo uma outra opção para não ter que trabalhar no final de semana. Hoje o mercado é muito dinâmico e muitas profissões têm que ter uma folga durante a semana para o funcionário trabalhar no sábado e domingo", afirma Marcelo Filho.

Na tentativa de solucionar esse impasse e completar o quadro de funcionários, algumas empresas estão abrindo mão de determinados quesitos para adequar os candidatos às vagas.

"Muitas empresas acabam, de certa forma, tentando tornar esse perfil de vaga um tanto mais maleável para atrair os candidatos. No caso da qualificação, o candidato que não tem pode ser contratado e, posteriormente, realizar os cursos necessários até com a ajuda do contratante para atender às necessidades da empresa", explica a consultora de RH Glystian.

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Para o gestor do Sine de Cachoeiro, a solução está na qualificação. "Precisamos qualificar essas pessoas com cursos profissionalizantes e, até mesmo, com financiamentos para esses cursos. Temos que trabalhar em cima disso para ter mão de obra", conclui Elizeu.

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