Após casais denunciarem uma empresa de serviços de casamento, que cancelou os contratos por meio de um áudio espalhado nas redes sociais e a responsável desaparecer, profissionais do setor se sensibilizaram com o caso e estão oferecendo ajuda aos noivos. Seis denúncias de golpe foram feitas à delegacia de Cachoeiro de Itapemirim e uma em Piúma.
A mensagem de áudio aos noivos que haviam contratado os serviços começou a circular na última quarta-feira (28). No discurso, enviado pela responsável pela empresa, ela dizia que não faria mais os serviços pagos. Decoração, buffet completo, garçom, doces e vestido de noiva estão entre os trabalhos que seriam realizados nos casamentos.
Sensibilizada com a situação dos casais, a cerimonialista Camila Costa, que mora em Castelo, se prontificou a ajudar as vítimas. Na atual situação que estamos, nunca podemos esbanjar. As pessoas se planejam e abrem mão de tantas coisas por um sonho único e você entrega este sonho a uma pessoa que comete um absurdo desses. Estou o dia interior me doendo por isso. Me disponibilizei para tentar ajudar, minimizar como posso as famílias, conta Camila.
Outra profissional que se comoveu com o drama foi a fotógrafa Clarice Monteiro, que atua em Cachoeiro de Itapemirim. Fiquei perplexa com tamanha maldade humana, ainda me choca o mau caratismo. Como um profissional pode causar dor, num momento tão feliz?, comentou Clarice, que também se colocou à disposição para ajudar as vítimas.
CUIDADOS
Os profissionais alertam para os cuidados que os clientes devem ter ao contratar os serviços para um evento, como um casamento. Uma dica importante é buscar referências e desconfiar de preços muito abaixo do mercado. As redes sociais também ajudam, para conferir o serviço. Os contratantes também devem marcar uma conversa olho a olho, tirar dúvidas, exigir um contrato e verificar se aquela empresa realmente existe, comentou a cerimonialista Camila Costa.
INVESTIGAÇÃO
Nesta sexta-feira (30), a reportagem ligou para os números informados pelas vítimas, mas não conseguiu nenhum contato com a empresa. O local onde os noivos eram atendidos, em Cachoeiro de Itapemirim, está vazio, com placa de aluga-se.
Segundo a Polícia Civil, os casos serão investigados pela Delegacia Especializada em Investigações Criminais (DEIC) de Cachoeiro de Itapemirim. "Serão realizadas as oitivas das vítimas que procurarem a Delegacia para denunciar o fato e da suspeita. Informações adicionais, ainda, não serão passadas para não atrapalhar a apuração do fato", segundo a nota.
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