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Mãe e filha recolhem recicláveis para ajudar animais no Sul do ES

Mãe e filha recolhem recicláveis para ajudar animais no Sul do ES

Dinheiro é usado para comprar ração para cães e gatos que elas alimentam nas ruas e também os adotados, em casa

Publicado em 8 de setembro de 2019 às 01:46

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Há 10 anos a cabeleireira Valdéia Gardioli e a filha, Juliana, saem pelas ruas de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado, para catar materiais recicláveis. O material vai para a reciclagem e o dinheiro é usado para comprar ração para cães e gatos que alimentam nas ruas, durante o trajeto, e também para os adotados que elas têm em casa.

Além da Juliana, Valdéia Gardioli tem um outro filho, o Jean, de 27 anos. Ele tem microcefalia e precisa de cuidados contantes. O marido possui uma doença degenerativa e, por conta disso, não pode mais trabalhar. A única renda da família é vem do trabalho como cabeleireira, que ela faz em um dos cômodos da casa.

Apesar das dificuldades, a família não mede esforços para levar comida, água e amor aos animais de rua. No início elas construíam casinhas para abrigar as vasilhas em vários locais da cidade, mas, infelizmente começaram a ser roubadas. Depois, fizeram recipientes mais simples para abrigar a comida em três pontos do município.

Com a mochila nas costas e muita disposição elas começam a jornada. Além dos pontos, elas levam potes para alimentar os animais que encontram pelo caminho. “Muitas vezes nem e só comida, é carinho, atenção e muitos são doentes e acabamos resgatando. Isso me toca o coração e temos que fazer a diferença”, disse a cabeleireira.

Além de cuidar dos cachorros nas ruas, mãe e filha cuidam de alguns em casa. “Desde de pequena minha mãe me ensinou a importância do respeito aos animais. A entender que apesar de não poder falar, sentem fome, frio, amor e é importante termos esse projeto”, afirma a filha Juliana Gardioli.

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As doações vem do material reciclável – latas, garrafas pet, potes - alguns recolhidos nas ruas, outros vem de doações, tudo para garantir a alimentação dos animais. A sensação no final do dia é de dever cumprido. “Não é muito, mas o pouco que podemos fazer já ameniza o sofrimento desses animais. Enquanto tiver força, vou continuar cada vez mais”, disse a cabeleireira.

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