Os galpões da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estão sem milho e o desabastecimento está afetando os produtores do interior de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado. Os grãos são utilizados na alimentação de aves e do gado e, para não prejudicar a produção estão tendo que pagar mais caro no mercado.
Este é o caso do Luciano Roberto Silva, que tem uma pequena propriedade no distrito de Córrego dos Monos. Cadastrado junto ao órgão para a compra do grão, ele costuma comprar 23 sacos por mês para alimentar as galinhas e o gado. Porém, desde agosto o produto está em falta nos galpões de abastecimento, localizados no bairro IBC.
No auge da seca, precisamos de milho e estamos tendo que comprar, porém, é mais caro. Fui informado que acabou e a previsão é só para o final de setembro, disse o produtor, que costuma comprar 23 quilos de milho por mês.
O produtor diz que na central de abastecimento de Cachoeiro o preço médio do saco de 60 quilos custa R$ 43. Já no mercado, 50 quilos chega aos R$ 65.
Outro lado
Em contato com a Conab, a companhia confirma que o desabastecimento na região. Em nota, afirma que o problema nas unidades armazenadoras ocorre não só no Espírito Santo, mas em todo país.
O motivo, afirmam, seria pelo período que a companhia ficou sem poder fazer as operações por falta de autorizações ministeriais. Após concedida, a Conab iniciou então os leilões de frete para transpor o milho dos estoques públicos localizados na Região Centro-Oeste para as demais regiões.
O aviso de frete previsto para o Espírito Santo - 4.277 toneladas - vai ocorrer nesta quarta-feira (04). Com isso, as primeiras cargas de milho devem chegar ao estado a partir do dia 25 de setembro, para atender Colatina e Cachoeiro de Itapemirim.
Segundo a Conab, atualmente estão cadastrados 888 produtores na unidade de armazenagem em Cachoeiro de Itapemirim; 1.579 em Colatina e 197 em Vitória.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta