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Atraso digital afeta condições competitivas do Brasil e trava o PIB

O Brasil está apenas em 57º lugar no ranking global de competitividade digital, entre 63 países avaliados

Publicado em 26/09/2019 às 14h18
Atualizado em 27/09/2019 às 06h19
Atraso digital traz diversos tipos de prejuízos para o Brasil. Crédito: Amarildo
Atraso digital traz diversos tipos de prejuízos para o Brasil. Crédito: Amarildo

Por que o Brasil iniciou 2019 com perspectiva de crescer até 3%, e deve terminar quase sem levantar voo, com avanço em torno 0,8%?

> Governo digital não resolve os problemas, é preciso vontade política

A resposta está em um conjunto de fatores. Um deles, tem muita força no resultado do PIB: é que o Brasil permanece, como no ano passado, em 57º lugar no ranking global de Competitividade Digital. É o que mostra avaliação feita em 63 países pelo Núcleo de Competitividade Global do IMD, escola de negócios da Suíça, em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC).

A pontuação segue três fatores considerados fundamentais para mudanças em negócios privados, no cenário econômico, nos governos e na sociedade. Um deles é o conhecimento, isto é, a capacidade de entender a extensão e efeitos de novas tecnologias.

Outro, é o desenvolvimento de inovações digitais. Um terceiro, é a preparação para procedimentos visando a cenários futuros de oportunidades. Para isso, leva em conta aspectos cruciais, como atitudes adaptativas, agilidade dos negócios e integração das tecnologias de informação.

Neste ano, foram introduzidas duas novas variáveis na análise da competitividade: robô industrial, para medir o número total de robôs em operação; e robôs utilizados para educação, conforme dados da Federação Internacional de Robótica.

Há três anos, quando o ranking começou a ser divulgado, a posição do Brasil era menos ruim. O país Regrediu do 55º lugar em 2017 para o 57º em 2018, onde permanece em 2019. Tudo a ver com marco regulatório, favorabilidade do ambiente econômico, investimento e estrutura tecnológica. É uma situação altamente preocupante, diante da necessidade da economia brasileira de estabelecer parcerias com diversos países. O atraso digital afeta condições competitivas na cadeia de produção, dificulta negócios e impõe prejuízos.

Nos subfatores analisados pelas escolas de negócios, o Brasil figura apenas na 61ª posição no item “talentos”, que foca a qualidade de mão de obra. Este quesito abrange indicadores como habilidades tecnológicas e digitais, qualidade da gestão das cidades e experiência internacional dos gestores públicos e privados. Há grande esforço do setor privado, notadamente na indústria, para preparar profissionais de acordo com a demanda. Mas os resultados desse investimento são paulatinos. E o governo ainda sonha em tirar recursos do Sistema S.

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