O Espírito Santo registrou em 2019 o menor índice de homicídios no primeiro semestre em 23 anos, um evidente sucesso de políticas públicas contínuas, que atravessaram governos desde a última década. Ainda assim, a sensação de insegurança na Grande Vitória permanece inabalada, justamente por conta da recorrência dos roubos nas ruas e nos ônibus. Falta tranquilidade no cotidiano urbano.
É uma violência já tão naturalizada que existe até a tática de carregar o “celular do bandido”, no caso de uma abordagem. O cartaz alertando sobre assaltos e aconselhando a não permanecer sozinho em um ponto de ônibus tão próximo ao prédio da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), na Avenida Beira-Mar, acaba se transformando em um símbolo do desamparo da população. Na ausência do poder público, partiu de algum anônimo a responsabilidade de ao menos avisar sobre o perigo.
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As autoridades de segurança pública devem se mobilizar também pelo combate aos crimes patrimoniais, na busca de soluções que tragam os mesmos resultados do combate aos homicídios. Sabe-se que é fisicamente impossível para a polícia estar em todos os lugares ao mesmo tempo, mas é perfeitamente viável mapear regiões de risco, cruzando dados das ocorrências e reforçando o policiamento ostensivo nesses locais. São ações preventivas que ajudam a aliviar um problema que tem raízes mais profundas, nas desigualdades sociais e na falta de oportunidades.
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