A edição de hoje traz um misto de sentimentos para nós, de A Gazeta. Prestes a realizarmos a maior transformação já vivida em nossas nove décadas como um jornal impresso diário, é inevitável não olhar para trás e lembrar das inúmeras histórias vividas e narradas nessas páginas. Há, sim, uma certa nostalgia que não pode ser negada. Mas também há o frescor da novidade, o frio na barriga pelo que virá a partir do momento em que, amanhã, “virarmos a chave” para o futuro, inaugurando o novo site A Gazeta, que nos deixará ainda mais próximos dos capixabas, e reformularmos profundamente nosso impresso para o formato de fim de semana.
Para mim, em particular, o frio na barriga remete a lembranças da infância e adolescência, quando meu pai, Cariê, já tinha uma trajetória nesta empresa. Aos 17 anos, quando pisei pela primeira vez em nossa recém-inaugurada sede – que, em 1983, era considerada a maior construção privada de Vitória –, lembro-me que “transformação” e “comunicação” eram citadas quase que consecutivamente. Afinal de contas, estávamos diante do que para nós era um ambicioso futuro: um único prédio para abrigar a TV Gazeta, o jornal A Gazeta e nossas rádios. Naquela época jamais pensaríamos no que viria a ser a internet.
O pioneirismo e a coragem de pensar adiante sempre foram marcas desta empresa. Fomos pioneiros ao imprimir notícias a cores em papel jornal no Espírito Santo. Há 23 anos, colocamos no ar o Gazeta Online, quando o mundo virtual engatinhava no Brasil. Em 1999, dividi com meu pai a inauguração do parque gráfico de A Gazeta num tempo em que a tiragem do jornal tinha outras proporções.
Nas últimas décadas, enfrentamos de cabeça erguida as crises econômicas, as reconfigurações geopolíticas do Brasil e do mundo. Fomos corajosos ao colocar o jornalismo profissional como instrumento de defesa do capixaba quando o Espírito Santo estava dilapidado pela corrupção. Trouxemos a coragem até hoje, quando não nos furtamos de apontar caminhos para promover um Espírito Santo melhor.
Chego ao dia de hoje tendo uma extensa lista de lembranças do que já fizemos. Mas, mais que isso, trago o orgulho de conduzir uma empresa que, aos 91 anos, tem fôlego para encarar o futuro e modernizar suas rotinas sem mover um milímetro sequer de sua essência: continuaremos oferecendo jornalismo e informação para o capixaba formar convicções e pensar na coletividade.
Como em 1928, quando A Gazeta circulou pela primeira vez, ou como em 1983, quando inauguramos nossa sede e vislumbrávamos um novo mundo, o futuro bate à nossa porta. Iremos adiante, lado a lado com cada leitor, dispostos a estar cada vez mais conectados com você.
Obrigado por nos deixar fazer parte da sua história.
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*O autor é diretor-geral da Rede Gazeta
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