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Pontos comerciais vazios compõem uma paisagem de desolação econômica

Medidas importantes, como a desburocratização que já deu alguns passos, precisam ser implementadas para propiciar o empreendedorismo e a livre concorrência

Publicado em 10/09/2019 às 16h36
Atualizado em 11/09/2019 às 02h53
Salas comerciais para alugar na Reta da Penha, em Vitória. Crédito: Ricardo Medeiros - 06/09/2019
Salas comerciais para alugar na Reta da Penha, em Vitória. Crédito: Ricardo Medeiros - 06/09/2019

É principalmente no comércio que se sente a pulsação de um bairro e da própria cidade, o que torna tão desanimador que existam tantos pontos comerciais inativos na Grande Vitória. Placas de “aluga-se” e “vende-se” compõem uma paisagem de desolação econômica, um retrato que emoldura o aprofundamento da crise dos últimos anos no país.

Este jornal estampou em sua manchete desta terça-feira (10) que o Sindicato dos Corretores de Imóveis do Estado do Espírito Santo (Sindimóveis-ES) faz a estimativa de que 30% das lojas e salas comerciais na região estejam desocupadas. É um percentual considerável, mas não surpreende quem anda pelas ruas. O fechamento de lojas e a dificuldade de passar o ponto são visíveis. Os bairros que mais sentem esse desaquecimento, na avaliação do sindicato, são Jardim da Penha, Jardim Camburi e Centro de Vitória, na Capital; Itapoã, Centro e Praia da Costa, em Vila Velha; e São Geraldo e Vera Cruz, em Cariacica. Em muitos casos, bairros com tradição na manutenção de um comércio local vibrante.

Nem mesmo os shoppings centers, outrora considerados os vilões do comércio de rua, escapam da crise. Só existem dados nacionais, e eles apontam que a taxa de vacância gira em torno de 5,7%, valor considerado significativo no setor.

O país ainda patina para a retomada econômica, mesmo que pautas imprescindíveis como a reforma da Previdência estejam bem encaminhadas. Mas é preciso avançar mais. Medidas importantes, como a desburocratização que já deu alguns passos, precisam ser implementadas para propiciar o empreendedorismo e a livre concorrência, criando um ambiente de negócios mais favorável a quem quer contribuir pelo crescimento do país. Menos teorizações, mais prática.

Há desafios que estão além da própria crise, como o fortalecimento de uma nova dinâmica comercial propiciada pelos avanços tecnológicos que impulsionam, por exemplo, o e-commerce e a alimentação com o uso de aplicativos. É um mundo novo, contra o qual não se pode lutar, mas que pode ser aperfeiçoado. Governos terão de aprender a lidar com as mudanças, encontrando caminhos para manter o ânimo de que o comércio precisa.

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