Caso de vendedor que teve empadas jogadas no chão comove leitores

Fiscal do Terminal de Carapina, na Serra, derrubou toda a mercadoria do ambulante Igor Rodrigues, de 23 anos. Passageiros que assistiram à cena ficaram inconformados

Publicado em 09/07/2019 às 11h35
O caso gerou revolta dos passageiros do terminal, que acusaram um fiscal de ter derrubado os produtos do ambulante no chão. Crédito: Reprodução
O caso gerou revolta dos passageiros do terminal, que acusaram um fiscal de ter derrubado os produtos do ambulante no chão. Crédito: Reprodução

A notícia de que um vendedor de empadas teve toda sua mercadoria jogada no chão, na manhã desta terça-feira (9), por um fiscal do Sistema Transcol, no Terminal de Carapina, na Serra, comoveu os leitores do Gazeta Online. Nas redes sociais, centenas de pessoas lamentaram o ocorrido e expressaram compaixão. 

Em entrevista à reportagem, Igor Rodrigues, de 23 anos, conta que perdeu mais de 200 empadas. Ele trabalha como vendedor há um ano. "Como é que pode, tem tanta coisa pra corrigir e vão corrigir isso, o trabalhador?", disse Igor, sobre a confusão no terminal. 

O caso gerou revolta dos passageiros do terminal que presenciaram a cena. Inconformadas com a situação, quatros pessoas impediram um ônibus de deixar o local, posicionando um cadeirante na frente do coletivo. De acordo com as testemunhas, a Polícia Militar foi ao local para conter a situação e alguns envolvidos foram encaminhados para a Delegacia Regional da Serra.

Em solidariedade ao ambulante, pessoas que passavam pelo local resolveram ajudá-lo, doando quantias em dinheiro ou consolando o vendedor. Em um vídeo enviado ao Gazeta Online é possível ver o rapaz agradecendo a alguns passageiros, que o abraçavam. 

Confira alguns comentários de leitores:

Estranha a atitude desse fiscal. Afinal, acredito, não é só o rapaz da empadinha que vende produtos. Já vi outros... Que tudo se resolva e que esse trabalhador seja ressarcido por sua perda. (Tânia Tagarro) 

Só compro empadinha com ele, quando vou trabalhar, ele sempre está ali no meio, parado, sem incomodar ninguém. Ele é bem simpático, já ate me deu empadinha a mais. Sério, fiquei ate mal por ele, pois sei que é um cara que não faz mal a ninguém. Triste mesmo. (Mila Pereira) 

Ao ver a atuação das pessoas, inclusive contribuindo com o vendedor para ressarcir seu prejuízo, vejo que a humanidade ainda tem jeito. (Daniela Wagner) 

Parabéns aos passageiros que, diante de um ato cruel, se manisfestaram é não deixaram essa injustiça passar em branco. Todo trabalho é honesto, vivemos com mais de 12 milhões de desempregados. (Viviane Rodrigues Oliveira) 

Coitado do rapaz. Estava trabalhando. Nesse momento de desemprego, cada um se vira como pode. Que falta de respeito e amor ao próximo. Tomara que o fiscal seja punido pela Ceturb. (Aurelisa Pereira de Aquino) 

Vender empadas dentro do terminal não pode, mas no ônibus pode? Sem coração esse fiscal, que ele seja punido, porque se esse rapaz está vendendo empadas é porque está passando necessidade e com certeza é o sustento da família. Lamentável essa situação. (Valéria Oliveira)

Gente, isso foi em meio à população, mas infelizmente coisas assim acontecem todos os dias em supermercados e lojas. Na minha opinião, é uma ação desnecessária. Tem como resolver de forma mais respeitosa! (Tayane Oliva do Nascimento) 

Só ajudaram o rapaz devido à situação! Já cansei de ver vendedor como esse sendo ignorado por passageiros, fingindo que o cara nem existe, chegando ao ponto de nem retribuir o bom dia. Quando eu tenho a oportunidade sempre compro algo, principalmente se for pão de queijo com goiabada. (Herly Amaral) 

O vendedor de empadas Igor Rodrigues, de 23 anos, ficou surpreso com a solidariedade de passageiros. Crédito: Eduardo Dias
O vendedor de empadas Igor Rodrigues, de 23 anos, ficou surpreso com a solidariedade de passageiros. Crédito: Eduardo Dias

Não sei o motivo da confusão, mas que esses terminais de ônibus na Grande Vitória estão verdadeira zona, estão! (Eduardo Leone) 

Nem ganhar honestamente o pão nosso de cada dia é possível, já que emprego está difícil. Para que tanta ignorância? Quem sabe em casa não estão esperando o alimento, fruto dessa venda de empadas? (Maite Fardin)

Meu Deus, não está sendo fácil para cada um sustentar a sua família, a luta desse guerreiro não é fácil. Se nós não podemos ajudar, não vamos atrapalhar, porque o desânimo é tamanho. (Leonardo Pereira Santos)

O governo não gera emprego, vender no ônibus não pode, o cara vai trabalhar no terminal e não pode. O que o governo quer desse cidadão? Que ele saía para roubar ou vire um assaltante? (Eliseu França) 

Quero ver esse fiscal perder o emprego, não encontrar vaga nenhuma e aparecer como única opção ser vendedor ambulante. O que ele vai fazer? (Marlene Teixeira Pereira)

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