"Cadê a fiscalização?", cobram leitores após incêndio na Vila Rubim

Oito imóveis atingidos pelas chamas na sexta-feira (20) continuam fechados, sem prazo de liberação. Loja que foi foco do incêndio não tinha autorização da prefeitura nem alvará

Publicado em 24/09/2019 às 09h29
Atualizado em 24/09/2019 às 12h31
Muita fumaça na manhã deste sábado (21) após incêndio na Vila Rubim. Crédito: Ana Paula Andrade
Muita fumaça na manhã deste sábado (21) após incêndio na Vila Rubim. Crédito: Ana Paula Andrade

Um incêndio de grandes proporções ocorrido na última sexta-feira (20), na Vila Rubim, em Vitória, terminou com oito imóveis interditados e 70 pessoas desalojadas. O fogo começou em uma uma loja e um galpão de couros, tecidos e decorações, que acumulam uma série de irregularidades: obra feita sem autorização da Prefeitura de Vitória e alvará de localização e funcionamento vencido, além da falta de fiscalização. 

Os oito imóveis atingidos continuam fechados, sem prazo de liberação. Segundo o coordenador da Defesa Civil da capital, Jonathan Jantorno, o proprietário da loja onde o fogo começou terá a responsabilidade de realizar as ações emergenciais no local

O assunto foi bastante discutido pelos leitores, nas redes sociais do Gazeta Online. Muitos se solidarizaram com as perdas do comerciante, enquanto outros consideraram justa a determinação da prefeitura de que o proprietário do imóvel arque com as reformas em todos os imóveis afetados. A maioria cobrou mais fiscalização da administração municipal. Confira alguns comentários:

Engraçado que deram prazo de cinco dias para o proprietário começar a consertar os imóveis que foram atingidos. Para isso a prefeitura é bem rápida. Não está vendo que o homem perdeu o trabalho de uma vida, o sustento? Vai fiscalizar o resto todo do centro da cidade, que com certeza não tem nada regular, para evitar que mais acidentes como esse aconteçam. A prefeitura para cobrar vem de jato, para resolver vem de jegue. (Giselle Magalhães) 

A prefeitura diz que nem sabia que o imóvel era usado para fins comerciais. Com certeza os impostos eram cobrados. (Estanislau Cabrini) 

Acho correto arcar com serviços de manutenção dos prédios vizinhos, mas creio que a prefeitura deveria ajudar, pois quando a empresa está pagando IPTU, água, luz, com alvará ou sem alvará, o município recebe o imposto, nada melhor do que ajudar neste momento de perda. (Naor Barbosa) 

O que eu não consigo entender é por que só quando dá errado que vem com conversa fiada de alvará. Cadê a fiscalização da prefeitura? Antes não tinha? (Voninho Bottessini) 

Incêndio atingiu loja de couro na Vila Rubim, em Vitória. Crédito: Carlos Alberto Silva
Incêndio atingiu loja de couro na Vila Rubim, em Vitória. Crédito: Carlos Alberto Silva

Enquanto funcionava, ninguém dos órgãos responsáveis foram cumprir com o seu papel indo fiscalizar o local. Agora fica nessa de que não tinha aquilo ou isso. Esses, sim, deveriam ser responsabilizados por não cumprirem com as suas obrigações. (Leila Simões) 

O dono da loja recorreu a todos os autos de infração e por isso podia funcionar, enquanto os processos corriam na Justiça... Ou seja, ele assumiu os riscos. (Lídia Aquino) 

A Segunda Ponte está caindo, a ponte que dá acesso ao Porto de Vila Velha está caindo etc. Depois que acontecem as tragédias vêm as fiscalizações. (Erica Renata Lemos Dias) 

Esse lance de alvará parece até piada. Se for fiscalizar até os prédios ocupados pelo governo, não duvido que a maioria esteja irregular. (Gustavo de Oliveira Gianordoli) 

Uma dúvida: não tinha alvará, não tinha licença dos Bombeiros, mas continuava a funcionar? Então tem mais gente culpada aí. Porque a prefeitura deveria fiscalizar e o próprio Corpo de Bombeiros, presumo, deve ter em seus computadores um arquivo onde diz que uma licença venceu. O dono da loja está totalmente errado, mas tem mais gente culpada nessa história. (Rosangela Bellon) 

É por causa disso que o comércio do Centro de Vitória está acabando, porque os prédios são antigos e fica muito caro para reformar e colocar tudo nas normas de segurança da atualidade. Eles preferem mudar para outros polos comerciais e muitos dos que insistem em continuar ficam na ilegalidade. (Manoel Nunes de Oliveira) 

Tudo isso por causa de um alvará. Bom seria se houvesse essa mesma agilidade em cobrar e punir o Estado pelas vidas que correm riscos nos hospitais. Se pegar fogo ninguém vai pagar a conta. (Nathalia Mota) 

Coitado desse homem. Perdeu tudo e vai ter que gastar muito com isso. Espero que ele tenha como pagar! (Josiane Delpupo Ribeiro) 

Justo. Os outros comerciantes não têm que ficar no prejuízo porque seu vizinho não estava dentro das normas de segurança. (Alexandra Silva Gomes) 

Será que os vizinhos estão todos em dia também com IPTU, alvará, Bombeiros etc.? (Junior Mendes) 

A prefeitura não está nem aí para o Centro de Vitória. Esse prefeito só fala de Vitoríssima. O Centro está uma calamidade comercial, lojas fechando, e ainda fazem esse coitado pagar tudo, isso é um absurdo. Eu duvido que a maioria dos comerciantes aqui tenham alvará. (Helena Santos) 

Nem hospital público tem alvará, imagina as lojas de Vitória. (Lucas Caetano) 

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