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'Atirou para matar meu filho', diz pai de motorista baleado na Serra

"Atirou para matar meu filho", diz pai de motorista baleado na Serra

Pai do motorista baleado contou que estava em Guarapari com a esposa quando recebeu a notícia de que o filho havia sido baleado

Publicado em 24 de julho de 2019 às 16:23

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Pauline Bins se emociona ao falar do irmão, baleado no peito ao sair para trabalhar. (Bernardo Coutinho)

O pai do motorista de aplicativo Bruno Ramos Bins, baleado na manhã desta quarta-feira (24), na BR-101, na Serra, enquanto seguia para o trabalho, afirmou que o disparo feito pelo criminoso foi para matar o filho dele. "Do jeito que ele atirou, do lado esquerdo, perto do peito, com certeza ele queria matar meu filho", destacou Paulo Bins.

O aposentado, de 65 anos, estava em Guarapari com a esposa quando recebeu a notícia de que o filho havia sido baleado. “A mulher dele ligou para a gente, bem cedo. Como ela estava nervosa, foi difícil entender o que estava acontecendo, a voz parecia da minha filha. Na ligação,  ela estava chorado muito”, relembrou.

Paulo destacou ainda que está tentando ser forte para ajudar o filho e a família. “É difícil ver um filho nessa situação. Ele está todo entubado, com dreno, vai para UTI, senti muita dor e só responde com sinais para não forçar falando. A gente nunca espera que vai acontecer com a gente”, desabafou.

Kathiane Bins, esposa de Bruno, fala como o marido foi baleado ao sair para trabalhar. (Bernardo Coutinho)

"MEU PRESENTE SERÁ ELE NA NOSSA CASA"

Um dia depois de ter completado 34 anos, a auxiliar administrativa Kathiane Bins, a esposa do motorista, contou que foi o próprio marido que fez a ligação, após ser baleado. 

Mesmo ferido com um tiro no tórax, Bruno conversou com a esposa enquanto era socorrido por um ônibus do transcol. "Ele me ligou e disse: ‘amor, tomei um tiro e estão me levando para o hospital’. Na hora eu pensei no pior, achei que meu marido fosse morrer", contou.

Segundo Kathiane, ela se desesperou minutos depois da ligação quando não conseguiu mais falar com o marido. "Depois que ele me contou e desligou o telefone, eu ligava de volta para ter mais notícias, porém, ele não atendia. Eu fiz várias tentativas e quando não tive retorno, fiquei desesperada e liguei para os meus sogros para contar o que aconteceu”.

A mulher disse ainda que só ficou tranquila quando o motorista do Transcol ligou para informar o local onde Bruno estava sendo socorrido. “Um tempo depois o motorista do ônibus me ligou e me acalmou dizendo que ele já tinha sido socorrido e que seria transferido para o Hospital Jayme, na Serra. O tempo todo eu pedia para eles me contatem toda a verdade, eu estava com muito medo de perder o pai dos meus filhos, meu marido".

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O casal têm dois filhos, uma menino de 9 anos,  e uma menina apenas três meses. "O meu presente é ele na nossa casa, com nossos filhos, bem e com saúde”, desabafou a mulher. 

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