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Foragido, João de Deus usa redes sociais para promover filme

Foragido, João de Deus usa redes sociais para promover filme

Há três dias o médium está postando vídeos de pessoas que elogiam seu trabalho em Abadiânia, em Goiás

Publicado em 16 de dezembro de 2018 às 20:15

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(Reprodução/Instagram )

João de Deus foi procurado em mais de 30 endereços diferentes de Goiás, pela Polícia Civil (PC) desde a última sexta-feira (14), quando foi considerado foragido. Na tarde deste domingo (16), se entregou às autoridades em uma encruzilhada às margens da BR 060 em Abadiânia, cidade de Goiás. Ele teve pedido de prisão preventiva expedido pela Justiça. O médium, no entanto, está bem ativo nas atividades de suas redes sociais. Desde a mesma data, em seu perfil classificado como oficial do Instagram, o espírita já postou dezenas de vídeos de seguidores de várias partes do mundo defendendo o próprio trabalho.

Nas postagens, o médium usa a hashtag #joãodedeus e #joãodedeusofilme, como uma forma de promover o longa que vai contar a história de sua vida. Na última semana, inclusive, a direção de roteiro suspendeu o filme e decidiu que a trama se dividirá em duas partes, sendo: a primeira, falando da atuação de João de Deus até hoje, e a segunda focará nas mais de 300 denúncias que já somam contra ele sobre abusos sexuais.

Nos vídeos que vêm sendo postados há cerca de quatro dias, as pessoas dão depoimentos de experiências que tiveram na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, cidade de Goiás, local em que o médium prestava seus atendimentos, que já foram tema de programas nacionais e internacionais, como quando o trabalho de João de Deus foi exibido em cadeia mundial pela apresentadora norte-americana Oprah Winfrey.

NOTA DE DEFESA DE JOÃO DE DEUS

Entre os vídeos postados pelo médium no seu perfil do Instagram, João de Deus também postou uma foto de um texto, assinado por dois de seus advogados - Alberto Zacharias Toron e Luisa Moraes Abreu Ferreira - em que se defende das acusações.

"Na última segunda-feira (10/12), estivemos no MP estadual em Goiânia para obter cópias dos depoimentos prestados pelas vítimas e amplamente noticiados pela imprensa. O pedido foi negado sob o argumento da preservação do sigilo. Agora veio o decreto de prisão preventiva e, estranhamente, nos disseram que o processo fora encaminhado de Abadiânia para Goiânia a fim de que o MP tomasse ciência da decisão. Sim, é importante que o órgão acusatório tome ciência, mas ninguém se preocupou em disponibilizar uma simples cópia da decisão para a defesa.

É inaceitável a utilização de pretextos e artifícios para se impedir o exercício do direito de defesa. Sobretudo no que diz com o direito básico de se aferir a legalidade da decisão mediante a impetração de habeas corpus. Até mesmo o número do processo não se disponibiliza à defesa.

Que a autoridade judiciária queira impor a preventiva, embora possamos discordar, é compreensível, mas negar acesso aos autos, chega a ser assombroso".

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A mensagem, postada neste sábado (15), contabilizava 627 curtidas até as 16h03 deste domingo (16).

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