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Rio Doce
Estou de volta, caro Rio Doce!
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Muita gente não sabe como você é importante para a nossa "Princesinha do Norte", a cidade de Colatina e seus mais de 120 mil habitantes. O município é o oitavo mais populoso do Espírito Santo. E toda a água que abastece a cidade vem do Rio Doce. Desde muito tempo, suas águas são importantes. Hora de voltar no tempo! O Vale do Rio Doce foi colonizado tardiamente, isso porque os índios que habitavam a região (os botocudos - chamados assim em razão do uso do botoque no lábio inferior ou nos lóbulos da orelhas) temiam que invasores pudessem utilizar o rio para chegar até Minas Gerais e ameaçar as riquezas do período da Mineração. Que história, hein!
Confira o segundo capítulo da websérie:
Hoje, o Rio Doce é importante para o abastecimento das cidades, para a agricultura e também para a indústria. Após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais, em novembro de 2015, 39 milhões de rejeitos atingiram as águas do Doce. A Fundação Renova, criada para conduzir a reparação dos danos causados pelo desastre, ficou responsável pelo monitoramento da qualidade da água dos cursos d'água impactados.

São mais de 90 pontos de monitoramento ao longo do Rio Doce. Conheci duas estações. A primeira no distrito de Itapina, interior de Colatina, no Instituto Federal do Espírito Santo (IFES). Um equipamento moderno e confiável. É uma sonda, que fica dentro do rio. Ela capta dados como: PH, que é a acidez da água, oxigênio dissolvido, temperatura, condutividade elétrica e turbidez... Desde que os pesquisadores começaram a monitorar a qualidade da água neste ponto, não foi necessário parar a captação da água do Rio Doce pra tratamento e, consequentemente, abastecimento da população.
A outra estação visitada fica na foz do rio, em Regência, litoral de Linhares, no Norte capixaba. Para chegar até ela, pegamos um barco e seguimos rio adentro. A estação fica numa boia, no meio do rio, numa região que a gente chama de estuarina, recebe a água doce e a água salgada. E aqui acompanhei a medição feita pela equipe de monitoramento. O resultado: água própria para o consumo após o tratamento. Todos os dados são enviados para uma central, que recebe as informações e compartilha com os órgãos ambientais do Espírito Santo e de Minas Gerais também.
Eu bebi da água do Rio Doce após o tratamento. Não só eu, mas os moradores de Colatina e os funcionários da Fundação Renova também. Diante do que vi, não há desconfiança. Para ver detalhes deste trabalho, acesse o segundo capítulo da nossa websérie, aqui mesmo, no Gazeta online (www.gazetaonline.com.br/riodoce).
Assinado: Bruno Faustino