> >
Hilário procurou arcebispo de Vitória para tentar salvar o casamento

Hilário procurou arcebispo de Vitória para tentar salvar o casamento

A afirmação é de um desembargador aposentado que trabalhou com o réu e que prestou depoimento no Fórum Criminal de Vitória

Publicado em 31 de janeiro de 2018 às 23:42

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
(Facebook)

Hilário Frasson, acusado de ser o mandante do assassinato da própria esposa, Milena Gottardi, teria procurado o arcebispo de Vitória para tentar salvar o casamento. A afirmação é de um desembargador aposentado que trabalhou com o réu e que prestou depoimento no Fórum Criminal de Vitória. O Gazeta Online teve acesso em primeira mão aos depoimentos prestados nesta quarta-feira (31).

Hilário procurou arcebispo de Vitória para tentar salvar casamento, segundo testemunha

O desembargador afirmou que Hilário comentou com ele que “havia conversado com o arcebispo a fim de que ele interviesse no processo de separação, para pacificar o relacionamento”. No depoimento, no entanto, não consta quando isso teria acontecido. A testemunha prosseguiu dizendo que, “inclusive, Hilário comentou que o bispo havia indicado um sacerdote.”

Procurada, a Arquidiocese de Vitória informou que o atual arcebispo, Dom Luiz Mancilha Vilela, não conhece o réu Hilário Frasson e que não tem nenhuma relação com o assunto.

Ainda sobre a separação, o desembargador declarou que aconselhou Hilário sobre ser interessante a reconciliação do casal e que o policial civil respondeu que ele e Milena estavam conversando sobre isso, com o auxílio de um psicólogo. A testemunha acrescenta que se preocupava com a separação por conta da relação de amizade que mantinha com o réu e por razões religiosas, já que é cristão.

Às indagações feitas pelo Ministério Público, a testemunha disse que não sabia sobre o motivo da separação do casal e que não teve conhecimento sobre a medida protetiva pedida por Milena. Ele ainda afirmou que a médica era uma pessoa mais tranquila que Hilário e se referiu a ela como meiga, prestativa, médica humanitária, simpática e boa pessoa.

O depoente também descreve Hilário como um homem religioso, disse que o encontrou diversas vezes acompanhado de Milena na igreja Santa Rita, na Praia do Canto, e que, em uma ocasião, o acusado pediu orientação sobre como frequentar o curso de cursilhos de cristandade.

Além disso, o desembargador aposentado afirmou que Hilário foi indicado por um juiz para trabalhar no gabinete dele e que o réu era uma pessoa normal, sempre se mostrou um bom funcionário, prestativo, cumpridor de todas as obrigações. Ele também disse que nunca soube de qualquer atrito do acusado com os colegas de trabalho.

A testemunha de defesa falou que, se esteve na casa de Hilário, foi apenas uma vez, mas que o réu já foi à residência do depoente acompanhado de Milena e que a médica se relacionava muito bem com a esposa dele. Também disse ter ido ao sítio do pai de Hilário, Esperidião Frasson, em um encontro das pessoas que trabalhavam no gabinete dele. Essa foi a única vez em que viu Esperidião.

A respeito da carta escrita por Milena, em que ela relata medo do ex-marido, o desembargador disse que tomou conhecimento do conteúdo pelos jornais, após o assassinato da médica e que, depois disso, não procurou saber sobre a veracidade do que estava escrito na carta.

Este vídeo pode te interessar

Por fim, a testemunha alegou que não contrataria ou manteria como funcionário alguém que fosse acusado de homicídio da própria esposa, pois no momento da contratação há investigação e averiguação a respeito da pessoa a ser contratada.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais