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Tetraplégica supera medo e faz ensaio subaquático com família no ES

Tetraplégica supera medo e faz ensaio subaquático com família no ES

"Sensação foi de leveza, liberdade e confiança", conta Alessandra, que ficou tetraplégica há 18 anos, quando sofreu grave acidente de carro

Publicado em 10 de maio de 2018 às 21:42

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Uma moradora de Vila Velha, de 41 anos, dá uma lição de superação desde um grave acidente que sofreu há 18 anos e que a deixou tetraplégica. "As pessoas me olhavam com um olhar de pena, com tristeza, outras achavam que eu nunca poderia fazer nada, mas eu não podia aceitar essa situação, precisei reagir para ter sentido de viver", conta Alessandra Costa Cunha, que posou para um ensaio fotográfico em uma piscina na companhia do esposo, Diones Pereira Alves, e do filho, José João Cunha Neto, e chamou muita atenção pela beleza das imagens. "Sensação foi de leveza, liberdade e confiança."

A administradora se acidentou quando tinha 22 anos e ficou tetraplégica. Por conta do grave acidente, ela chegou a ficar seis meses internada em um hospital. "Foi bastante complicado. Fiquei um tempo na UTI - Unidade de Tratamento Intensivo -, e em choque com tudo o que estava acontecendo. Fiquei revoltada, eu e minha família sofremos bastante e eu achei que não viveria mais feliz. Mas consegui me recuperar e dar sentido a minha vida", lembra ela, que faz fisioterapia desde então.

Alessandra mergulha com o esposo e o filho. (Francielle Teixeira)

Alessandra decidiu fazer faculdade de administração e, depois disso, através de amigos, conheceu o grande amor da vida dela. "Meu esposo olha para mim como uma mulher normal. No início nosso relacionamento foi de muita conversa, adaptação. Ele sempre me tratou naturalmente, sem dificuldades. Vamos à praia, saímos para jantar. Isso me dá mais alegria para eu conseguir superar meus desafios", vibra a administradora, que é casada com Diones há sete anos. O casal tem o pequeno José, de três aninhos.

Alessandra já era exemplo como esposa, profissional, mãe, mas agora, depois de posar para as fotos, passou a ser exemplo de superação para outras pessoas que também possuem limitações físicas. "Se eu estiver ajudando alguém com minha determinação eu ficarei muito feliz. Eu também precisei de ajuda e incentivo no início, então, sei como isso é difícil. Conviver com outras pessoas que estavam na mesma situação que eu me ajudou demais. Esse pode ser o caminho."

Alessandra não entrava em uma piscina para mergulhar há 18 anos. (Francielle Teixeira)

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Para a fotógrafa Francielle Teixeira, que fez o ensaio para o projeto "Sensações", registrar Alessandra foi uma tarefa em que ela tomou como um desafio pessoal. "Tivemos muito cuidado para fazer tudo de maneira segura. A Alessandra estava acompanhada do esposo e uma cuidadora também foi para ajudar, principalmente para ficar segurando o José. Me sinto realizada com o trabalho feito. Foi muito bonito. Agora já estou organizando para fotografar outra pessoa com limitação física, agora uma criança", concluiu.

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