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Buscas por garotos desaparecidos no mar continuam nesta segunda-feira

Buscas por garotos desaparecidos no mar continuam nesta segunda-feira

Um helicóptero e o time de mergulho dos bombeiros estão participando das ações

Publicado em 9 de dezembro de 2018 às 22:47

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Geanderson, 9 anos, e Dhanyel, 12 anos, desaparecem no mar da Barra do Jucu. (Reprodução)

O Corpo de Bombeiros informou que as buscas pelos garotos que desapareceram neste sábado (08) na praia da Barra do Jucu, em Vila Velha, continuam nesta segunda-feira (10). Geanderson Custódio, de 9 anos, e o amigo Dhanyel Brandão dos Santos, 12, foram à praia escondidos das famílias.

Segundo o Corpo de Bombeiros, as buscas estão sendo realizadas desde o sábado (08) e todas as equipes e recursos necessários estão sendo utilizados. Um helicóptero e o time de mergulho também estão participando das ações. Neste domingo (09), as buscas se concentraram em Vila Velha.

De acordo com os bombeiros, Geanderson foi arrastado em direção às pedras, bateu com a cabeça e desmaiou. Preocupado com o amigo, Dhanyel tentou socorrer o amigo, mas também acabou arrastado pela correnteza.

O QUE DIZ A PREFEITURA

A Prefeitura de Vila Velha informou, por meio de nota, que os guarda-vidas que estavam na praia alertaram as crianças, por volta de 17h30, para não permanecerem na água já que o mar estava muito revolto. Neste momento, segundo a prefeitura, as crianças saíram da água e ficaram embaixo de uma marquise. Depois que os guardas foram embora, após a jornada de trabalho deles, os garotos entraram novamente na praia. Segundo a administração municipal, mais tarde, após os bombeiros terem sido acionados, guardas-vidas que moram na região retornaram à praia para ajudar nas buscas.

VÍDEO

Vídeo flagra crianças brincando na praia da Barra do Jucu, em Vila Velha. (Reprodução)

Um vídeo feito por um morador da região da Barra do Jucu, em Vila Velha, flagrou Geanderson Custódio, de 9 anos, e o amigo Dhanyel Brandão dos Santos, 12, brincando na praia antes de desaparecem no mar no fim da tarde deste sábado (08). Nas imagens, é possível observar como o tempo estava fechado e as ondas agitadas.

Assustado com o tamanho das ondas e o tempo em Vila Velha, o morador, de 70 anos, decidiu fazer as imagens neste sábado (08). Na manhã deste domingo (09), quando descobriu que duas crianças estavam desaparecidas na água, o morador descobriu que tinha registrado elas brincando.

VEJA AS IMAGENS

ESCONDIDOS

A mãe de Dhanyel, Fabiana Oliveira dos Santos, 34, contou que o filho e o amigo foram para a praia escondidos, e que ela só ficou sabendo do desaparecimento às 20 horas, quando uma conhecida da família ligou.

Dhanyel mora com a família em Barramares, e Geanderson em João Goulart, todos na região da Grande Terra Vermelha, também em Vila Velha. “Eles foram primeiro lá na creche, buscar os presentes de Natal que estavam doando. Depois foram para a casa do Geanderson. Eu achava que ele estava lá brincando, sempre faziam isso. Mas a mãe dele me contou que eles saíram de lá dizendo que voltariam para a minha casa. Ninguém sabia que eles estavam aqui na praia”, desabafou.

Fabiana disse que os dois gostavam muito de praia, e que não foi a primeira vez que os meninos foram para o local sozinhos. “Eles já tinham feito isso. Eu briguei, falei que não era para irem para lá sozinhos nunca mais. Eu estava despreocupada, achando que ele estava na casa do amigo. Não consigo acreditar que isso está acontecendo”, lamentou.

DESESPERO

A família de Dhanyel fez, na manhã deste domingo (9), algumas buscas na esperança de encontrá-lo ainda com vida. “Nós viemos para cá, andamos em todas as pedras, procuramos o dia inteiro”, contou a mãe.

Apesar da procura, o cabo do Corpo de Bombeiros disse que não é possível afirmar com precisão para onde as crianças foram levadas. “O mar está agitado, no momento do afogamento a maré estava em vazão, eles podem ter sido arrastados para o fundo”, explicou.

O bombeiro disse ainda que, como não é possível mergulhar na região, as buscas ficam mais complicadas. “Em casos de afogamento, o corpo demora cerca de três dias para boiar. Mesmo assim estamos mobilizando embarcações, o Notaer (helicóptero) e informando os guarda-vidas”, afirmou.

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Para a família, o que fica é a aflição. “Nós não podemos fazer nada, só esperar. A família inteira está desesperada por respostas, não dá para acreditar que isso está acontecendo”, desabafou a tia de Dhanyel, Daiane Oliveira dos Santos, de 25 anos.

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