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O que provocou surto em creche de Vila Velha?

O que provocou surto em creche de Vila Velha?

Uma criança de 2 anos morreu; duas estão internadas em UTI

Publicado em 27 de março de 2019 às 19:50

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Secretaria Municipal de Saúde de Vila Velha, que investiga causa do surto. (Divulgação | Prefeitura de Vila Velha)

A confirmação ainda não existe, mas há a suspeita de que seis crianças de uma creche particular na Praia da Costa, em Vila Velha, foram infectadas com uma bactéria que ainda não foi identificada. No entanto, outras causas como vírus, fungos ou toxinas não são descartadas.

MORTE

Um menino de 2 anos, que estava internado, em coma, teve a morte cerebral confirmada nesta quarta-feira (27). Uma segunda criança, também de dois anos, permanece em estado grave, na UTI de um hospital particular de Vitória. Uma menina segue em estado grave na UTI de um hospital particular na Serra. Outras três crianças foram atendidas em hospitais, liberadas e se recuperam em casa. 

INVESTIGAÇÃO É PRIORIDADE

O secretário municipal da Saúde de Vila Velha, Jarbas Ribeiro de Assis Junior, reforçou na tarde desta quarta-feira (27), que o caso é grave, é prioridade e segue sob investigação.

CRECHE FECHADA

A creche, que fica na Praia da Costa, está fechada, e a suspeita é de que a infecção aconteceu dentro da unidade ou em um quiosque em frente, onde duas crianças tomaram água de coco e comeram batata frita e apresentaram o quadro mais grave de saúde. Uma delas, o menino de 2 anos, teve morte cerebral declarada nesta quarta-feira (27). O outro segue em estado grave na UTI de um hospital particular.

Até o momento, a investigação somente aponta que das cinco crianças afetadas, quatro são da mesma turma da creche.

QUIOSQUE ABERTO

Apesar da recomendação da Prefeitura de Vila Velha, o quiosque segue aberto e só será fechado eventualmente caso o resultado da pesquisa mostre que a contaminação aconteceu no estabelecimento. O nome do quiosque não foi divulgado.

TENTATIVA DE IDENTIFICAR CAUSA

Desde que a Prefeitura de Vila Velha foi comunicada sobre o surto na creche, no dia 22 de março, várias coletas foram feitas para análises laboratoriais. Entre os materiais analisados estão:

Água utilizada na creche (torneiras e bebedouro)

Água utilizada pelo quiosque e análise de comida

Facão do quiosque utilizado para cortar coco

Análise de cultura nas crianças que passaram mal

Apesar da suspeita de infecção por bactéria, não são descartadas outras causas como fungos, vírus ou toxinas.

RESULTADOS

Ainda nesta semana deve sair o resultado dos testes, que pode indicar o que causou o surto na creche. Quem vai analisar o conteúdo coletado é o Laboratório de Gestão do Saneamento Ambiental (Lagesa).

DEMORA EM NOTIFICAÇÃO PODE ATRAPALHAR 

De acordo com Jarbas Ribeiro de Assis Junior, a Secretaria Municipal da Saúde demorou a ser alertada sobre o caso, e isso pode atrapalhar as investigações — de modo que a primeira internação aconteceu no dia 17, outra no dia 19 e a secretaria só foi avisada no dia 22. "Nós perdemos uma semana de investigação, o que pode dificultar, de fato, descobrir qual foi a origem da bactéria", disse.

Equipes da Prefeitura Municipal de Vila Velha (PMVV) foram aos hospitais realizar uma busca de material biológico das crianças, como sangue e urina. Ainda não há relato de novos casos. Jarbas afirma que a probabilidade maior é de que a infecção tenha sido por uma bactéria, já que com vírus costuma ser "mais branda".

NÃO HÁ SURTO NA CIDADE

A Prefeitura de Vila Velha descarta possibilidade de surto na cidade, sendo um caso específico registrado na creche. A situação continua sendo investigada pela Vigilância Sanitária e Vigilância Epidemiológica do município.

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Em entrevista à Rádio CBN Vitória, a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Vila Velha, Giovana Ramalho, e a gerente da vigilância sanitária do município, Flávia Costa, explicaram que os sintomas nas crianças iniciaram no dia 15 deste mês, mas que a prefeitura foi avisada no dia 22, às 19h30.

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