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Condomínios da Praia do Canto pagam central para vigiar ruas

Condomínios da Praia do Canto pagam central para vigiar ruas

Moradores estão monitorando as ruas por conta própria na tentativa de ter mais segurança

Publicado em 14 de setembro de 2019 às 08:12

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Síndica Kátia Alvarenga, da Praia do Canto, monitora com celular as câmeras do condomínio. (Rodrigo Gavini)

Moradores de condomínios da Praia do Canto, em Vitória, estão monitorando as ruas por conta própria na tentativa de ter mais segurança. São quase 100 câmeras de videomonitoramento vigiando atitudes suspeitas e registrando todo e qualquer tipo de crime. 

A iniciativa conta com a participação de 38 prédios. As imagens registradas por câmeras viradas para a área externa foram interligadas a uma central de videomonitoramento de uma empresa privada.

“As câmeras são conectadas. Os moradores desses prédios podem ver as imagens registrados por esses equipamentos e, se ver algum crime ou situação suspeita, acionam a empresa de monitoramento por meio do Botão de Pânico do aplicativo. É um Big Brother do bem”, explicou o empresário Armando Fontoura, do Movimento Praia do Canto.

O projeto tem 100% de iniciativa privada e tem um custo de R$ 49 por câmera para manutenção da empresa de segurança, armazenamento das imagens em uma “nuvem” e para visualizar por aplicativo as imagens externas de todos os prédios.

“Geralmente, o prédio já tem a câmera. As imagens poderão ser disponibilizada de forma mais rápida com a Polícia Civil nas investigações e esperamos ter mais celeridade e eficiência na segurança da Praia do Canto”, disse.

 A próxima etapa do projeto, segundo o empresário Armando, será a implantação de câmeras para leitura facial e de placas de veículos. Isso deve estar funcionando até o final do ano nas principais saídas do bairro, como a Avenida Rio Branco.

“Outro ponto é a Avenida Constante Sodré devido ao grande número de ocorrências, algumas passadas pela Sesp, mas a maioria chega a nós por meio do grupo de segurança do WhatsApp. Queremos fornecer às forças policiais subsídios. A resolutividade dos crimes é baixa e isso desestimula a registrar ocorrência, a pessoa não quer se expor, se sente envergonhado de ser vítima”, pontuou Armando.

O condomínio em que a aposentada Kátia Alvarenga de Lima, 62 anos, é síndica faz parte do projeto. “Fomos em uma reunião, conhecemos o projeto e levei para assembleia no nosso condomínio. Aqui, temos duas câmeras integradas ao sistema da central de videomonitoramento”, contou.

Kátia disse que a iniciativa é positiva pois ajuda a fornecer imagens para investigações e a tentar inibir ações criminosos. “Estamos confiante neste cerco, a gente se sente mais seguro. Não é uma medida custosa, por isso apostamos nesta ferramenta mas esperamos também ação do poder público”, comenta a síndica.

POLÍCIAS

O policiamento ostensivo no bairro Praia do Canto é realizado pela Polícia Militar com rondas preventivas 24h por dia, além de constantes operações como cercos táticos, pontos base, visitas tranquilizadoras e abordagens, segundo nota da corporação.

A Polícia Militar também orientou a população a realizar a confecção de boletim de ocorrência pois, assim, poderá mapear o local e reavaliar a  forma de atuação no local de acordo com horários e locais críticos. O comando da 3ª Companhia do 1º Batalhão está sempre à disposição para conversar com a comunidade e a liderança comunitária, segundo a nota à imprensa.

Sobre as investigações do crimes registrados no bairro, a Polícia Civil informou, por meio de nota,  que investiga todos os casos registrados em delegacias e orienta que as vítimas sempre registrem a o boletim de ocorrência. É importante que, no momento do registro, a vítima anexe todo material possível que comprove o crime e auxilie na identificação do criminoso.

A Polícia Civil orienta a ligarem para o  Disque-Denúncia 181 se puderem auxiliar a polícia com informações que levem à prisão de criminosos. O anonimato é garantido e todas as informações são apuradas. Já o número do Ciodes-190 deve ser acionado em caso de crime em andamento.

CONDOMÍNIO MONITORADO EM JARDIM CAMBURI

Em Jardim Camburi, quase 300 condomínios integram o Projeto Condomínio Monitorado da Polícia Militar, que propõe a aproximação da corporação com os moradores. A ação tem colaborado para que chegasse a redução de 20% do número de roubos e 30% dos registros de furtos a condomínios.

“O objetivo é fazer uma parceria entre a comunidade e a PM para que todos colaborem com a segurança pública”, descreve o comandante da 12ª Companhia Independente, Major Alves Christ.

Além dos moradores terem o contato direto da companhia pelo telefone 3636 7318, disponível 24 horas, o que agiliza o atendimento, o síndico de cada prédio integram um grupo de comunicação por aplicativo de conversas com o comandante. “Temos um grupo de WhatsApp que não é para situação de emergências, mas sim para pensar juntos com os síndicos em estratégias e divulgar as imagens quando há registros de crimes, na tentativa de localizar os indivíduos ou identificá-los”, descreveu o comandante.

Major Alves Christ disse que o projeto tem 10 meses e já vem ajudando com a redução da criminalidade no bairro. “Ainda é um projeto piloto e estamos ajustando aos poucos. A ideia é que ele seja levado para outros bairros também após o aperfeiçoamento”, descreveu.

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