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Extrema pobreza avança no Espírito Santo

Extrema pobreza avança no Espírito Santo

Crise econômica levou várias famílias para uma realidade de vida mais precária

Publicado em 10 de outubro de 2018 às 21:47

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Trabalhadores que vivem do lixão no município de Barra de São Francisco. (Marcelo Prest)

O número de pessoas vivendo na extrema pobreza aumentou 1,8% no último ano no Espírito Santo. É o que aponta um estudo feito pela Tendências Consultoria. Para se enquadrar em extrema pobreza, segundo medida adotada pelo governo federal, uma família deve ter renda per capita inferior a R$ 85 por mês.

A economista Daniela Cade associa esse crescimento da população em situação difícil com a crise econômica. “O avanço da miséria está diretamente ligado à crise econômica. Desemprego aumentou vertiginosamente desde 2015, as empresas estão com uma maior capacidade ociosa e o investimento cessou. A consequência direta é o aumento da pobreza e da desigualdade”, relata.

O estudo ainda mostra que em âmbito nacional a miséria também teve crescimento. Em 2014, o aumento foi de 3,2%. No entanto, quatro anos depois, em 2017, subiu para 4,8%. Nesse período, só em dois dos 27 estados brasileiros não apresentou aumento: em Tocantins e Paraíba.

O economista Pedro Lang acredita que o aumento de investimento é uma possível solução para que se mude essa realidade. “A solução do problema é algo pouco intuitivo. O primeiro passo é fazer o Brasil voltar a crescer. isso passa por um ajuste fiscal e reformas estruturais que restauram a confiança e façam o empresário voltar a investir. Conforme os investimentos voltem é natural que o emprego retorne e o nível de renda volte a subir”, comenta.

NORDESTE EM PIOR SITUAÇÃO

O estudo ainda mostra que os Estados do nordeste apresentaram piores índices. Sete tiveram uma piora da situação. Bahia, Sergipe e Piauí foram tiveram o maior crescimento da pobreza extrema. Maranhão se destacou como o pior resultado do país: 12% em 2017.

Já os Estados do Sul e do Sudeste, apesar da piora apresentada, estão entre os menos prejudicados.

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