> >
O que muda na área do Aeroporto de Vitória após concessão

O que muda na área do Aeroporto de Vitória após concessão

Terrenos podem ter hotéis, centro de convenção, shopping e até hospitais e clínicas

Publicado em 15 de março de 2019 às 18:18

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Um dos terrenos já está destinado para a empresa francesa Leroy Merlin – multinacional de artigos de decoração e material de construção . (Divulgação)

A empresa que controlará as operações do Aeroporto Eurico de Aguiar Salles terá a missão de atrair investimentos para áreas bilionárias que compõem o sítio aeroportuário que não são, no entanto, objetos de expansão das atividades de aviação civil. A ideia é que nos terrenos sejam construídos hotéis, centro de convenções, shopping e mesmo hospitais e clínicas.

O contrato de concessão dará aval para a Zurich Airport Latin America Ltda fazer a exploração imobiliária de quase mil metros quadrados. Alguns terrenos estão situados em locais valorizados, como a Dante Michelini, com vista para o mar. Outros estão na nova Adalberto Simão Nader.

Em entrevista à Rádio CBN Vitória, na última sexta-feira (08), o secretário Nacional de Aviação Civil do Ministério da Infraestrutura, Ronei Glanzmann, disse que diversas empresas já declararam interesse na construção dos empreendimentos, que devem aquecer o setor da construção civil e gerar mais empregos.

“A região do Aeroporto de Vitória é muito valorizada do ponto de vista imobiliário. Existem perspectivas de muitas iniciativas para o local. Serão 30 anos de concessão e o vencedor fica responsável por operar integralmente o aeroporto – não só o terminal de passageiros, mas todo o sítio aeroportuário, podendo fazer empreendimentos mobiliários”, disse o secretário durante a entrevista.

Ele acrescentou que outras obras poderão ser feitas também nas áreas ociosas do Aeroporto de Vitória, como a instalação de novos hangares e terminais de carga.

De acordo com a Infraero, o Plano Diretor do Aeroporto destina um total de 987 mil metros quadrados para empreendimentos comerciais.

Um dos terrenos já está destinado para a empresa francesa Leroy Merlin – multinacional de artigos de decoração e material de construção. Segundo uma fonte que participou do processo de negociação para a chegada da empresa, a Leroy Merlin vai ficar instalada no local por 20 anos e fará pagamentos mensais à Infraero, inicialmente, e depois à concessionária.

A expectativa é que os contratos dos próximos empreendimentos sejam feitos diretamente com a empresa vencedora do leilão. No entanto, o modelo de negócios deve permanecer o mesmo – a concessão por um tempo determinado e com pagamentos mensais à concessionária.

Para o empresário Pedro Zamborlini, diretor do Grupo Mata da Praia/Dacaza, a concessão do aeroporto deve gerar uma dinâmica maior na exploração das áreas que ficam em volta do aeroporto.

“Aqui no Brasil, temos exemplos de coisas que, quando vão para a iniciativa privada, tendem a ter uma dinâmica melhor. E acreditamos que também será assim com o aeroporto. É uma área boa e com bons projetos viários no entorno”, comenta o empresário.

O consultor imobiliário José Luiz Kfuri destaca que, pelo tamanho e localização das áreas disponíveis para empreendimentos, o valor comercial seria de aproximadamente R$ 1,5 bilhão.

“Mesmo levando em consideração as áreas para a construção da infraestrutura dos empreendimentos, ainda assim é um terreno com volume grande para projetos. A empresa vencedora ainda pode fazer estudos, definir algumas regras para utilização e potencializar ainda mais aquela região”, comenta Kfuri.

 

Este vídeo pode te interessar

 

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais