A empresa que controlará as operações do Aeroporto Eurico de Aguiar Salles terá a missão de atrair investimentos para áreas bilionárias que compõem o sítio aeroportuário que não são, no entanto, objetos de expansão das atividades de aviação civil. A ideia é que nos terrenos sejam construídos hotéis, centro de convenções, shopping e mesmo hospitais e clínicas.
O contrato de concessão dará aval para a Zurich Airport Latin America Ltda fazer a exploração imobiliária de quase mil metros quadrados. Alguns terrenos estão situados em locais valorizados, como a Dante Michelini, com vista para o mar. Outros estão na nova Adalberto Simão Nader.
Em entrevista à Rádio CBN Vitória, na última sexta-feira (08), o secretário Nacional de Aviação Civil do Ministério da Infraestrutura, Ronei Glanzmann, disse que diversas empresas já declararam interesse na construção dos empreendimentos, que devem aquecer o setor da construção civil e gerar mais empregos.
A região do Aeroporto de Vitória é muito valorizada do ponto de vista imobiliário. Existem perspectivas de muitas iniciativas para o local. Serão 30 anos de concessão e o vencedor fica responsável por operar integralmente o aeroporto não só o terminal de passageiros, mas todo o sítio aeroportuário, podendo fazer empreendimentos mobiliários, disse o secretário durante a entrevista.
Ele acrescentou que outras obras poderão ser feitas também nas áreas ociosas do Aeroporto de Vitória, como a instalação de novos hangares e terminais de carga.
De acordo com a Infraero, o Plano Diretor do Aeroporto destina um total de 987 mil metros quadrados para empreendimentos comerciais.
Um dos terrenos já está destinado para a empresa francesa Leroy Merlin multinacional de artigos de decoração e material de construção. Segundo uma fonte que participou do processo de negociação para a chegada da empresa, a Leroy Merlin vai ficar instalada no local por 20 anos e fará pagamentos mensais à Infraero, inicialmente, e depois à concessionária.
A expectativa é que os contratos dos próximos empreendimentos sejam feitos diretamente com a empresa vencedora do leilão. No entanto, o modelo de negócios deve permanecer o mesmo a concessão por um tempo determinado e com pagamentos mensais à concessionária.
Para o empresário Pedro Zamborlini, diretor do Grupo Mata da Praia/Dacaza, a concessão do aeroporto deve gerar uma dinâmica maior na exploração das áreas que ficam em volta do aeroporto.
Aqui no Brasil, temos exemplos de coisas que, quando vão para a iniciativa privada, tendem a ter uma dinâmica melhor. E acreditamos que também será assim com o aeroporto. É uma área boa e com bons projetos viários no entorno, comenta o empresário.
O consultor imobiliário José Luiz Kfuri destaca que, pelo tamanho e localização das áreas disponíveis para empreendimentos, o valor comercial seria de aproximadamente R$ 1,5 bilhão.
Mesmo levando em consideração as áreas para a construção da infraestrutura dos empreendimentos, ainda assim é um terreno com volume grande para projetos. A empresa vencedora ainda pode fazer estudos, definir algumas regras para utilização e potencializar ainda mais aquela região, comenta Kfuri.
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