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Trump nega informações em livro de jornalista sobre caso Watergate

Trump nega informações em livro de jornalista sobre caso Watergate

Presidente disse que não chamou o procurador-geral, Jeff Sessions, de mentalmente retardado e sulista idiota

Publicado em 5 de setembro de 2018 às 10:56

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O presidente dos Estados Unidos Donald Trump. (Gage Skidmore | Flickr)

O presidente dos EUA, Donald Trump, negou que tenha chamado o procurador-geral, Jeff Sessions, de “mentalmente retardado” e “um sulista idiota”. O republicano reagiu desta forma no Twitter a uma das várias alegações polêmicas feitas pelo jornalista investigativo Bob Woodward em seu novo livro, intitulado Fear: Trump in the White House (Medo: Trump na Casa Branca, em tradução livre).

O mandatário disse que “nunca usou esses termos sobre ninguém, incluindo Jeff”, acrescentando que “ser um sulista é uma grande coisa”. Ele alega que Woodward escreveu isso para provocar divisão no país.

Trump já havia acusado Sessions anteriormente por não conseguir assumir o controle do Departamento de Justiça. O presidente também reclamou diversas vezes sobre a decisão de dele de se retirar da investigação federal sobre um possível conluio entre a campanha do magnata e a Rússia sob o argumento de que havia trabalhado na campanha do então candidato republicano.

O presidente americano condenou as citações e as histórias citadas pelo jornalista no livro e qualificou as afirmações como “fraudes”. “O livro de Woodward já foi refutado e desacreditado pelo general (secretário de Defesa) James Mattis e o general (secretário-geral da Casa Branca) John Kelly”, escreveu Trump no Twitter.

A obra inclui descrições de que atuais e ex-assessores chamaram Trump de “idiota” e “mentiroso”. Além disso, o jornalista descreve o perfil de um chefe de Estado inculto, raivoso e paranoico, que seus secretários e colaboradores se esforçam em controlar para evitar suas saídas de tom.

O jornal The Washington Post, que obteve uma cópia da obra escrita por quem, junto a Carl Bernstein, revelou o escândalo Watergate - que desencadeou a saída do presidente republicano Richard Nixon -, publicou alguns trechos que complicaram ainda mais a imagem do 45.° presidente dos EUA.

Após uma reunião entre Trump e a sua equipe de Segurança Nacional sobre a presença militar na Península da Coreia, Mattis disse, exasperado, ao seu grupo mais próximo que o presidente se comportou como um “aluno de quinto ou sexto ano”.

Além disso, segundo Woodward, depois do ataque químico de abril de 2017 atribuído ao regime do presidente sírio Bashar Assad, Trump supostamente ligou para o general Mattis e lhe disse que queria assassinar o chefe de Estado.

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“Vamos matá-lo. Vamos. Vamos matar um monte deles”, disse Trump ao diretor do Pentágono. Depois de desligar, Mattis teria recorrido a um assessor e dito a ele: “Não faremos nada a respeito, seremos muito mais comedidos”. 

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