O depoimento de Clemilda de Jesus, mãe da menina Thayná, emocionou os presentes durante audiência da CPI dos Maus-Tratos na manhã desta sexta-feira (25). A dureza das palavras de Clemilda tocaram inclusive a capitão Ada Maria Carniato, da Polícia Militar. A capitão Ada segurou as mãos da mãe de Thayná durante todo o relato e também chorou quando ouviu o apelo por respostas.
Eu tenho uma filha, de 15 anos. Mesmo sendo policial há 35 anos, eu sei que tudo o que ela falou é o que toda mãe preza para um filho, as recomendações, as orientações. Em uma situação dessa, a gente lembra desse lado de mãe e se coloca no lugar dela, porque ela não está sozinha. É uma preocupação de todas as mães, ela está representando as mães como um todo, relatou.
A capitão Ada por diversas vezes afagou os cabelos de Clemilda e tentou acalmá-la. Ela contou que se preocupou em se desarmar antes de se aproximar dela, para garantir a segurança dos presentes na audiência.
Só me preocupei em em me desarmar para a segurança dela e de terceiros. A gente sabe que é um momento que transcende o raciocínio lógico. Pedi a sargento que estava comigo para se desarmar também. Tentei afagá-la, com carinho e proteção de mãe e de irmã, afirmou.
A militar contou ainda que esta foi a primeira vez que teve contato com Clemilda. Antes da audiência eu fui até ela, dei um abraço falei que eu me colocava na emoção dela. Eu disse que a filha dela tinha virado um anjo. Através do que aconteceu leis poderiam ser modificadas para que que outros anjos não tivessem o mesmo destino. Dei um abraço nela. para tentar confortá-la, lembrou.
Além da capitão, muitos outros presentes, entre membros da imprensa e espectadores, se emocionaram durante o depoimento de Clemilda.
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